Nervosismo ou altitude? Inter estreia na Libertadores com derrota, em La Paz

A bronca de D'Alensandro por falta de marcação/Foto: Diego Alexandre
A bronca de D'Alensandro por falta de marcação/Foto: Diego Alexandre
A bronca de D’Alensandro por falta de marcação/Foto: Diego Alexandre

Pode ter sido o nervosismo da estreia na Libertadores, ou o universo envolvendo verdades e mitos da altitude de La Paz, somado com alguns desentendimentos – tanto pela falta de entrosamento, quanto em algumas discussões em campo. A verdade é que tudo isso fez com que a primeira partida do Inter na Libertadores ficasse muito abaixo do esperado, na derrota por 3 a 1 diante do The Strongest.
Um Inter irreconhecível iniciou o primeiro tempo, que chegou a ser chamado classificado como “apagão” por D’Alessandro ao final do jogo. Pressionada, a defesa rifava bolas em busca de um Nilmar isolado na frente. Erros de posicionamento e até mesmo carrinhos em vão, como de Nilton e Eduardo Sasha, abriram espaços para os bolivianos emendarem dois gols em sequência.


Após o segundo gol, um D’Alessandro ensandecido veio do meio-campo. Cobrou a defesa, tentou passar orientações. Fabrício mostrava-se irritado, enquanto Nilton explicava-se. Na verdade, todos tentavam compreender o que acontecia com aquele Inter.

– Quando a gente tem tempo para arrumar alguma coisa dentro do campo, que pode se ajeitar para a coisa não ser pior, a gente fala. Depois dos 2 a 0, ajeitamos melhor o time, como para continuar dentro do jogo. Continuamos dentro do jogo – discorreu D’Alessandro, em entrevista após a partida, concedida em uma quadra de basquete improvisada como sala de imprensa no Hernando Siles.

Com a falta de reação, Diego Aguirre tentou trocar ainda no primeiro tempo. Sacou o recém contratado Anderson, que sentiu a falta de ritmo e precisou receber oxigênio extra ainda no banco de reservas, e colocou Vitinho. O time melhorou, ganhou gás.

D’Alessandro chegou a descontar, em cobrança de pênalti. Vitinho acertou bola no travessão, enquanto Ernando cabeceou com muito perigo. Só que o Inter sentiria os efeitos da altitude e caiu de produção. Cedeu o campo e levou o terceiro.

No final da partida, D’Alessandro reuniu os atletas no centro do gramado do Hernando Siles, para uma rápida avaliação, enquanto uma fervorosa torcida boliviana urrava “tigres, tigres”. Por sua vez, Diego Aguirre esperou na beira de campo para cumprimentar todos os atletas.

– O que passa é q tomamos dois gols em 15 minutos. E não é bom para ninguém. Ficamos desorganizados. Custou o jogo outra vez. Com as dificuldades daqui, o esforço físico dos jogadores. Se sente. Os jogadores que vão é mais difícil voltar – analisou Aguirre.

Na saída, todos delegação estampava no rosto a decepção pela derrota, mas também pelo cansaço. Sim, os 3,6 mil metros extenuaram jogadores e integrantes da comissão técnica.

Com o resultado, o Inter começa sem pontos e ocupa a quarta posição do Grupo 4. Na próxima rodada, recebe a Universidad de Chile. A partida será disputada na quinta-feira, 26 de fevereiro, às 20h15, no Beira-Rio. Antes, porém, volta a concentrar suas forças no Gauchão. No domingo, o time de Diego Aguirre vai até Rio Grande enfrentar o São Paulo-RS. O duelo se inicia às 16h no Aldo Dapuzzo.(G1)

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