
Além de preparar trocas no primeiro time da presidente, governo deve destravar nomeações para o segundo e terceiro escalões do governo após definição dos nomes que serão investigados por desvios na Petrobras.
A equipe da presidente Dilma Rousseff aguarda a divulgação da lista de políticos que serão investigados por conta da Operação Lava Jato para liberar reivindicações já apresentadas pelo maior partido “aliado” e tentar manter unida sua base de apoio na Câmara e no Senado.
Os pedidos de investigação enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontam para a abertura de 28 inquéritos e sete arquivamentos.
O procurador também pediu a suspensão do sigilo sobre o processo ao relator do processo, ministro Teori Zavascki. A expectativa é de que a lista de nomes saia até o final desta semana.
A presidente Dilma Rousseff já informou aos aliados que nenhuma decisão será tomada sem o conhecimento da lista de investigados. Em meio a pressões, o ministro Pepe Vargas tem repetido os três critérios que, segundo o governo, serão levados em conta na escolha dos nomes. Uma das condições é o indicado não ser alvo de acusações de corrupção.
“O preenchimento dos cargos do segundo e terceiro escalões do governo obedecerão o critério de equilíbrio dos partidos que compõem o governo, buscando que as pessoas tenham capacidade e conhecimento para tocar a área para a qual foram escolhidas e obviamente, tenha um histórico de probidade”, afirma o ministro.
Possíveis mudanças
Uma das mudanças aguardadas atende aos interesses do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que quer emplacar, na pasta do Turismo, seu aliado e ex-presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A nomeação desbanca o ministro Vinícius Lages, apadrinhado por Renan e seria um dos motivos de irritação do presidente do Senado com Dilma.
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