O fim dos históricos embargos – por Garcia Neto

Professor Garcia Neto
Professor Garcia Neto
Professor Garcia Neto

EUA X CUBA – Depois de 58 anos, o esperado encontro histórico entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, durante a Cúpula das Américas, no Panamá. A reunião entre os líderes simbolizou a reaproximação e retomada do diálogo entre os dois países, encerrando décadas de tensão política e disputa ideológica.


Outro fato histórico envolvendo os EUA foi o fim da Guerra Fria, com a extinção da União Rússia Socialista Soviética, em 1991. A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas.

 

No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev deu início ao fim do socialismo com reformas econômicas, acordos com os EUA, na era George H. W. Bush, e mudanças políticas. Era o término de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo, vitorioso, aos poucos foi se implantado nos demais países socialistas.

 

A conjuntura instável verificada na década de 1970, caracterizado pelo fim da chamada “era do ouro” da economia mundial capitalista, evidenciado pelo baixo crescimento econômico, marcou a reaproximação entre China e EUA. Para o Estado chinês de Mao Tsé-tung era importante atrair investimentos externos e a criação de indústrias voltadas para a exportação, enquanto para os EUA de Richard Nixon o restabelecimento das relações econômicas favoreceria sua hegemonia internacional.

 

Para a China, que também se encontrava enfraquecida, a relação com os EUA seria vantajosa como forma de mitigar o desgaste da imagem interna do Partido Comunista, além de ser importante na contenção das forças soviéticas que avançavam a caminho de territórios chineses e, principalmente, como fonte de recursos para a modernização da economia e da indústria chinesas, contribuindo para o desenvolvimento do país.

 

Construía-se, assim, uma relação complementar entre os dois países, que compreendeu trocas comerciais significativas e intercâmbio de conhecimentos tecnológicos cruciais para o desenvolvimento chinês. Acredita-se que assim será com Cuba com o fim do embargo.

 

*Garcia Neto é jornalista e professor

Artigo anterior‘Tento perdoar’, diz mulher que teve seis filhos com o próprio pai, no AC
Próximo artigoRO: bebê nasce em avião durante voo entre Guajará-Mirim e Porto Velho

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui