Numa demonstração de que permanece intocável e mais poderoso do que nunca, o cartel de combustível que existe claramente em Manaus anunciou esta semana, que um novo aumento no preço da gasolina vem por aí e, desta vez, deve ultrapassar os R$ 4,00 o litro, nas bombas de toda a cidade.
A afronta, os desmandos e os abusos ao consumidor continua e o que é pior: a impressão que se tem é que os órgãos e as chamadas Comissões de Defesa do Consumidor existentes junto a Assembléia Legislativa (ALE) e Câmara Municipal de Manaus (CMM) parecem ser “cegas” e não enxergar os abusos praticado por esse tal cartel, contra o bolso do consumidor.
Até o Ministério Público Estadual (MPE), onde, também, existe uma promotoria especializada que defende os direitos do consumidor não se manifesta a respeito do tema.
Se, não, vejamos: Em todas as áreas da capital, 98% dos postos praticam o mesmo preço, ou seja R$ 3,85 o litro da gasolina. O argumento da direção do Sindicato dos Donos de Combustível é que apesar do “alinhamento” claro, ou seja, de quase a totalidade dos postos praticarem o mesmo preço, é que não o cartel simplesmente não existe.
A existência do Cartel é tão clara que mesmo nas ditas “promoções” (entre aspas mesmo) que vez ou outra as redes utilizam, os preços são alterados seguindo o mesmo padrão, ou seja, se o valor é definido em R$ 3,49 o litro, este será o valor que passa a ser cobrado nesse período em mais de 90% dos postos de Manaus.
O poderio do Cartel em Manaus é tanto que até no poder legislativo ele parece ter tentáculos. Na Assembeía Legislativa (ALE) se ensaiou a instalação de uma CPI para investigar a “farra do combustível” que envolveria desde a Prefeitura, donos de empresas de ônibus e… os donos de postos de combustível.
Quem disse que a CPI vingou. Depois de colher as assinaturas necessárias para sua instalação, coisas inesperadas ocorreram como a retirada de assinatura de parlamentares e outros fatores que ninguém sabe até agora explicar e, a tal CPI acabou não indo pra frente.
Sem encontrar onde buscar apoio, o consumidor parece conformado. Os órgãos e instituições não se movimentam e não tomam providências e, enquanto isso o cartel age impunemente lesando o bolso do consumidor manauara. Cartel é crime todo mundo sabe, mas em Manaus parece pratica comum.