Meu amigo pessoal Francisco Ednaldo Praciano, cerense dos bons, deputado federal pelo PT representando o Amazonas na Câmara Alta do país, acaba de ser engessado politicamente pelo senador Eduardo Braga (PMDB) para as próximas eleições gerais.
Não vejo essa aliança com bons olhos, e logo o Praciano, um político representante do Amazonas na Câmara dos Deputados, que tem um nome e uma história a zelar, toma uma decisão que pode levá-lo ao suicídio político.
Estamos aqui diante de uma das principais “sutilezas” do caso brasileiro: a persistência de um autoritarismo disfarçado mostrado a quem consegue perceber e muitas vezes atenuado por um liberalismo sempre reiterado, pelo paternalismo estatal, por mecanismos de “favor” e pela competição eleitoral.
Conheço muito bem o Eduardo Braga desde os tempos em que ele era garoto, atleta de natação, e, nessa época, ele já demonstrava que seria o que é hoje: autoritário, rabugento.
No entanto, o reconheço como um político por excelência, tanto que ele conseguiu dar o laço no “Praça”, o último dos moicanos.
Posso garantir que o “Praça” já era! Ficou para a história política do nosso Estado.
*Garcia Neto é professor, jornalista e consultor político