O PT do Amazonas continua errando em nome de um projeto nacional

Sinésio Campos 1º a declarar apoio ao PMDB antes da decisão dos delegados do PT.
Sinésio Campos 1º a declarar apoio ao PMDB antes da decisão dos delegados do PT.

O deputado Sinésio Campos deixou a liderança do governo, ontem, 15, aos gritos, em Sessão na Assembléia Legislativa do Estado, como se estivesse fazendo o maior feito de todo o seu mandato.
Na verdade, foi um grito no escuro, dado por quem recebeu ordem expressas de deixar a liderança do Governo do Amazonas e puxar para o gueto, os membros da sua tendência. A ordem foi dada pelo senador Eduardo Braga, em recente reunião ocorrida em Brasília, no gabinete da liderança, no Senado, onde também estavam outros membros do PT do Amazonas. “Sinésio só entendeu o puxão de orelha, horas depois, quando chegava ao hotel”.
Ele, assim como outros da executiva do partido foram “emparedados” pelo senador Eduardo Braga, que quer os quase “08min” de tempo de TV e nada mais. Para o presidente do diretório municipal do PT em Manaus, Vital Melo, o senador Eduardo tem tudo que poderia almejar junto ao Palácio do Planalto. Ele tem a liderança do governo, é senador pelo Amazonas, tem os afagos da presidenta Dilma e uma riqueza incalculável.
Quanto ao deputado Sinésio, lança todas as fichas em um improvável convite a vice na chapa do Eduardo. O PT não terá essa vaga com o PMDB, porque o senador disse na reunião em Brasília, que é uma obrigação do partido apoiá-lo.
Pior, o PT do Amazonas perde até a sua representatividade no Senado. Se Eduardo vencer as eleições, quem ocupa a cadeira é o arquimilionário 2º suplente, o gaúcho Lírio Parisotto, uma vez que a esposa do senador Sandra Braga, vem desempenhar as funções de primeira dama do Estado.
O PT do Amazonas está sendo colocado como “tapa buraco” nesse tabuleiro montado pelo senador e, o deputado Sinésio Campos é a rolha que está faltando. Contudo, por desconhecimento dos “companheiros militantes”, que dizem amém, em nome do comando de uma hipotética tendência, as artimanhas do senador podem surtir efeito no próximo dia 17, na decisão tirada no Encontro dos Delegados do Partido.
Se passar o apoio a Braga, ai, o PT do Amazonas estará fadado a 10 anos de retrocesso político no Estado. Quando janeiro de 2015 chegar, muitos dos que hoje defendem um projeto que não é do Partido dos Trabalhadores, estarão se lamentando e tentando justificar a grande “lambança” que fizeram por ganância de poder, não por defender a bandeira do Partido.


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