Trabalho escravo ‘escancarado’ no Alto Rio Negro, é denunciado por Sidney Leite

Deputado Sidney Leite(Pros), denuncia trabalho escravo/Foto: Danilo Mello
Deputado Sidney Leite(Pros), denuncia trabalho escravo/Foto: Danilo Mello
Deputado Sidney Leite(Pros), denuncia trabalho escravo/Foto: Danilo Mello

“O trabalho escravo, infelizmente, é uma realidade em nosso país, realidade vem sendo vivenciada a cada dia de forma “escancarada”, sob o olhar de todos, principalmente, nas aldeias indígenas onde, recentemente, uma ação do Ministério Público do Trabalho identificou essa prática nefasta na região do alto Rio Negro”, foi o que destacou, da tribuna da Assembleia Legislativa (Aleam), o deputado Sidney Leite (Pros), em seu discurso na sessão de ontem(15).

Para o parlamentar, essa é uma situação lamentável e merece o mais veemente repúdio, “pois é inaceitável que nos dias de hoje ainda se tenha conhecimento desse tipo de prática”, disse Leite, elogiando o trabalho do MPT. “A denúncia foi feita por uma liderança indígena”, revelou Sidney Leite.


Matérias publicadas nos veículos de comunicação, segundo Sidney Leite, dão conta de que a escravidão não acontece somente na região do alto Rio Negro, mas está chegando agora à região do rio Purus.

Novo porto

Sidney Leite aproveitou para dar sua opinião sobre o anúncio do início e construção da obra do porto alfandegado de Itacoatiara (distante 270 km), numa região estratégica da confluência do rio Madeira com o rio Amazonas. Na sua opinião, esse porto vai melhorar significativamente o escoamento dos grãos produzidos no centro-oeste brasileiro, que garantem hoje grande parte do Produto Interno Bruto (PIB).

“Apesar de haver uma gama de competitividade, produtividade e os melhores índices do mercado internacional, os portos de Santos e Paranaguá ainda padecem do lado de fora, pelas péssimas condições das vias que estão intrafegáveis”, apontou.

O deputado afirma agronegócio brasileiro perde, hoje, em média 4,5% a 8% dos grãos que transporta nas estradas, devido às péssimas condições em que estas se encontram. “Por isso, poderemos trazer esses grãos do centro-oeste até Humaitá por rodovia, tendo em vista que a ponte sobre o rio Madeira já está concluída e, de Humaitá, com barcaças como já faz a Hermasa, levar esses grãos até Itacoatiara exportando depois para o restante do mundo”.

Sidney Leite revelou que na quarta-feira (14) recebeu em seu gabinete um grupo de agricultores que está fazendo articulações com os órgãos responsáveis pelos portos, para que possam fazer o transporte de minérios oriundos de Porto Velho para exportação e, com isso, garantir emprego e renda para a população.

Para o deputado, a construção do porto em Itacoatiara será um divisor de águas no que diz respeito à logística, influenciando, sobremaneira, o desenvolvimento do Estado do Amazonas e de forma estratégica o Norte do país com sua malha hidroviária e viária. “Esse porto integrado ao de Tabatinga, no rio Amazonas, vai melhorar a conexão com os países fronteiriços à nossa região para o mercado da Zona Franca de Manaus (ZFM)”, observou o deputado Sidney Leite.

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