O Solidariedade faz bolão nos corredores da Câmara pelo impeachment

Ideia partiu do aliado de Eduardo Cunha, Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que também é presidente da central trabalhista Força Sindical. O responsável por recolher os valores em dinheiro é o corregedor da Casa, o deputado Carlos Manato (SD-ES), cuja função é manter a ética e o decoro no Parlamento.


Parlamentares favoráveis ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff anunciaram a criação de um bolão de apostas sobre o resultado da votação de domingo (17), que decidirá o destino do processo de impeachment na Câmara. Os responsáveis pela coleta (R$ 100 por interessado) são deputados do Solidariedade. A ideia partiu do presidente do partido, Paulo Pereira da Silva (SP), também presidente da Força Sindical.

O deputado Carlos Manato (SD-ES) circula pelos corredores da Casa com uma pasta levando a lista de assinaturas e o valor arrecadado. Manato é o atual corregedor da Câmara. De acordo com o regimento, sua função deve ter o sentido de “manutenção do decoro, da ordem e da disciplina”.

O corregedor alegou se tratar de “uma brincadeira” e explicou que ganha quem acertar o placar exato ou chegar mais perto do resultado. Ele mesmo já deu seu palpite: para Manato, o impeachment será aprovado com 379 votos favoráveis, ante 112 pela manutenção da presidenta.

Não é o primeiro bolão realizado entre os parlamentares opositores do governo de Dilma. Antes de prosseguir para o plenário, o processo de impeachment passou por uma comissão especial. Lá, dos 65 deputados integrantes, 38 foram a favor do impeachment e 27, contra. Na ocasião, o vitorioso do bolão foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor do governo, que vem praticando manobras para enfraquecer o mandato de Dilma.

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