O sonho de Sinésio Campos levar o PT para Amazonino pode ter chegado ao fim

Dirigente do PT-AM, Sinésio Campos luta para colocar o partido do lado do governador - foto: Rio Negro

A decisão da direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) em priorizar alianças com o PSB, tem criado descontentamentos no Diretório Estadual do partido no Amazonas, que joga em duas pontas, para acertar a proposta mais vantajosa. Como poder de barganha, quase cinco minutos de tempo de TV e uma militância, ainda combativa.


Segundo informações de membros do diretório estadual da legenda, o presidente estadual do PT, Sinésio Campos, já vinha alinhavando conversas de bastidores com o chefe do governo, Amazonino Mendes (PDT) e, e bate pé para levar o apoio do PT para a reeleição do governador.

Com rebeldia, Sinésio participou da reunião da direção nacional neste ultimo final de semana e chegou a afirmar que o PT do Amazonas poderá não seguir a orientação nacional. “Vamos decidir nossa tática eleitoral, no voto, no Encontro Estadual independente da orientação nacional” afirmou Sinésio Campos.

Dirigente do PT-AM, Sinésio Campos luta para colocar o partido do lado do governador – foto: Rio Negro

Mas a presidenta nacional Gleisi Hoffmann retrucou. “O que decidirem lá contra a nossa orientação vamos desfazer aqui na direção nacional”. Defendendo a prioridade de uma aliança para o palanque de Lula ou, quem ele indicar. Nas entrelinhas, a presidente nacional do PT disse ‘o que Sinésio Campos decidir, não terá validade nenhuma para a Direção Nacional’. O sonho de levar o partido para o colo do governador acabou para o presidente estadual.

Diante dessa decisão a aliança com David Almeida (PSB) ganha mais força. Mas, infelizmente, a história pode se repetir como tragédia ou farsa, como nas eleições 2010 e 2014 que o PT estadual saiu dividido, mesmo com as ameaças de punição por infidelidade partidária.

Na prática o PT poderá sair oficialmente com o PSB e, alguns dirigentes optarem por fazer campanha para Amazonino. Vai depender do tamanho do interesse pessoal do(s) dirigente(s), como nas eleições anteriores.

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