
Em seu papel de zelar pela ética entre seus profissionais, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Amazonas, já instaurou 1.800 processos administrativos disciplinares contra advogados nos últimos meses.
De acordo com informações da própria ordem, desse total, cerca de 700 advogados respondem junto ao Tribunal de ética da entidade, por apropriação indébita, ou seja, se apropriam do dinheiro de clientes, uma prática recorrente não entre todos, mas por uma pequena parcela de advogados.
O levantamento do Tribunal de Ética indica ainda que de todos esses processos administrativos, somente quatro advogados tiveram seus registros cassados por este motivo.
Um dos que virou alvo de processos administrativo, é o advogado Adson Pinho Pinto que foi afastado da função por decisão do Tribunal de Ética por se apropriar do dinheiro de clientes que obtiveram ganho de causa na Justiça.
Adson Pinho foi afastado por decisão unânime, após a OAB-AM confirmar que ele possui 15 processos tramitando contra ele junto à entidade. Todos os processos são por apropriação indébita.

Na decisão, o advogado está impedido de advogar por um prazo de 90 dias. Este também é o prazo que ele tem para recorrer da decisão do Tribunal de Ética da OAB-AM.
Os próprios advogados associados a OAB-AM não concordam com a conduta de determinados colegas e aprovam que a Ordem seja bem mais rigorosas com profissionais que ferem a ética profissional: “É uma vergonha. Quem fica com dinheiro de cliente deveria ser excluído definitivamente da advocacia e procurar outra profissão”, disse um profissional que defende a ética e a moral entre todos os advogados.