Onda de calor de até 50°C mata cerca de 36 pessoas na Índia

Foto: Prashant Waydande/ Reuters

A onda de calor mais intensa e duradoura da Índia em décadas, com temperaturas chegando aos 50°C, já deixou cerca de 36 mortos. O governo avisou que as altas temperaturas podem continuar, já que uma monção esperada para atrair chuvas se dispersou.


As ondas de calor no país têm se intensificado na última década, com cerca de 6 mil pessoas mortas desde 2010. A pior época foi em 2015, quando pelo menos 2 mil habitantes morreram devido as elevadas temperaturas.

Temperaturas de no mínimo 45° C por tempo prolongado são consideradas ondas de calor, e quando passam dos 47° são consideradas ondas severas.

Para o jornal americano The New York Times, o especialista no departamento de Gerenciamento de Desastres da Índia, Anup Kumar Srivastava, o número de ondas de calor subiu de 19, em 2018, para pelo menos 23 neste ano.

O especialista também afirmou que as temperaturas durante a noite estão elevadas, e que em algumas áreas há chance iminente de tempestades, o que pode abaixar as temperaturas, mas o calor pode voltar logo.

Foto: Prashant Waydande/ Reuters

Mortes e doenças de calor

Com temperaturas atingindo os 50° C na região do Rajasthan, no norte da Índia, o Departamento de Meteorologia alertou para os riscos de doenças causadas pelo calor e insolação em todas as idades. Em outras partes do país, as temperaturas chegaram a 47°.

Por conta do aumento de pacientes em hospitais, os médicos em Churu tiveram licenças canceladas. Em Madhya Pradesh, as escolas estão fechadas.

As quatro últimas vítimas fatais da última semana tinham idades entre 69 e 80 anos. Uma delas, cuja identidade não foi revelada, morreu durante uma viagem em um trem que não tinha ar condicionado.

Avisos do governo

Desde 2015, o governo indiano alerta os habitantes sobre os riscos de doenças durante as ondas de calor. Algumas medidas tomadas eram redução da jornada de trabalho e providenciar água gratuita em regiões mais pobres e áreas populosas.

Este ano, os alertas falharam. As eleições tiraram vários funcionários necessários para avisar a população e conscientizar sobre a chegada do calor de setor, e eles tiveram que cuidar do processo eleitoral.

Fonte: R7

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