Operação ‘Pit Stop’ desarticula quadrilha especializada em roubo de veículos em Manaus

Ação policial durante operação/Foto: SSP
Ação policial durante operação/Foto: SSP
Ação policial durante operação/Foto: SSP
Policiais em ação durante operação/Foto: SSP
Policiais em ação durante operação/Foto: SSP

Deflagrada pela Polícia Civil/Am, sob o comando do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), no domingo (19), a operação “Pit Stop”,  mobilizou cerca de cem Policiais Civis, entre delegados, investigadores e escrivães de polícia, com o apoio de diversas Delegacias Especializadas, com o objetivo desarticular uma das maiores quadrilhas da cidade, especializada em roubos, furtos, descaracterização e adulteração de veículos como carros e motocicletas.

A operação foi coordenada pelos Delegados do DRCO, Sandro Sarkis, Diretor do Departamento, e Mário Júnior, com apoio Delegacias Especializadas em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), em Prevenção e Repressão a Entorpecente (DEPRE), em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), em Capturas e Polinter (DECP), em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Crimes contra a Fazenda Pública Estadual (DECCFPE), em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), servidores dos Distritos Integrados de Polícia (DIP’s), e policiais lotados na 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) e de Lábrea, além de integrantes da Força Especial de Resgate e Assalto (FERA), e Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da instituição.


O nome “Pit Stop” foi dado em alusão à maneira de agir dos infratores após cometerem os assaltos. Ao roubar os veículos, os integrantes da quadrilha paravam de atuar entre três dias a uma semana, para adulterar os carros e evitar que os mesmos fossem localizados por meio de aparelhos como GPS (Global Positioning System).

Foram cumpridos em todas as seis Zonas da capital e no interior do Estado, 20 mandados, entre prisão preventiva e busca e apreensão, dos quais 11 pessoas foram presas em decorrência a mandado de prisão preventiva e sete detidas em flagrante, totalizando 18 prisões efetuadas entre a noite de domingo (19), e o final da tarde de segunda-feira (20). Uma das prisões ocorreu no município amazonense de Lábrea, distante 851 km em linha reta de Manaus.

As investigações do DRCO duraram cerca de quatro meses até a Polícia Civil chegar a todos os envolvidos no esquema criminoso. A primeira prisão ocorreu na noite de domingo por volta das 21h, no Porto de Manaus, área central da cidade, onde foi detido Hermane Galvão Macedo, 33 anos, quando desembarcava do município paraense de Santarém.

A partir daí, a operação foi desencadeada por todas as regiões da capital na busca pelos demais envolvidos. A maior parte das prisões foram efetuadas na Zona Leste, dentre elas a de Cleusson Cavalcante de Almeida, 49 anos, apontado como despachante de documentos e de veículos do bando. Os demais infratores foram presos em diversos locais na região. (Ver lista no final).

A Polícia Civil conseguiu recuperar dez carros, seis motos e diversas placas clonadas, além de documentos falsos, uma arma de fogo e uma quantia em dinheiro de R$ 12.600,00. De acordo com Delegado Sandro Sarkis, os bandidos se apossavam dos veículos e os abandonavam em diversos pontos da cidade, visando despistar a polícia, onde passado alguns dias, eram desmanchados e as peças retiradas para comercialização. O chassi era adulterado e inclusive os veículos eram enviados em balsas para outros municípios no interior.

“O resultado da ação foi excelente, conseguimos desarticular uma das maiores quadrilhas que atuavam de forma criminosa no Amazonas, e que agia de forma sofisticada, adulterando documentos e o próprio veículo para comercializar, e através da adulteração, dificultar a identificação e o trabalho das autoridades fiscalizadoras. Mais um competente e positivo trabalho da Polícia Civil”, destacou Sarkis.

“A quadrilha pegava os dados de veículos regulares e roubava outro com as mesmas características, usando os dados de um para adulterar o roubado. Então modificavam os números do chassi no vidro e na lataria, e também adulteravam a numeração do motor, com isso, eles dificultavam as fiscalizações policiais”, informou o Delegado Mário Júnior.

Mário Júnior ressaltou ainda como o bando agia. “Eles atuavam de maneira organizada, com divisão de tarefas. Uma parte colhia informações e produzia os documentos falsos dos veículos roubados, outros eram encarregados de fazer as adulterações. Havia ainda os receptadores contumazes, que encomendavam os veículos já clonados para em seguida repassar aos narcotraficantes”, frisou o Delegado.

A Polícia Civil continua os trabalhos de investigação, junto às demais autoridades de segurança envolvidas na operação “Pit Stop”, com a finalidade de prender outros envolvidos.

Os 18 presos irão responder pelos crimes de roubo, furto, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, falsificação de documentos, receptação, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa. Ao término dos procedimentos cabíveis, todos serão encaminhados à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, onde aguardarão julgamento.

Presos

José Luis Oliveira Galdino , 24;

Junior Russel Quispe Quijano, 26;

Artemiza Faba Arevalo, 53;

João de Brito Moreira, 27;

Janderson Baixa da Silva, 30;

Marcelo Ferreira de Souza, 25;

Hemane Galvão Macedo, 33;

Daniel de Oliveira Batista, 23;

Rahesllem dos Santos Alves, 25;

Heliaquim Hadonay Batista da Silva, 21;

Jerson Rodrigues dos Santos, 30;

Jackson Norberto de Souza, 37;

Cleusson Cavalcante de Almeida, 49;

Márcio de Andrade Ferreira, 26;

Maik Sena Lima, 32;

Ronalt Souza Fernandes, 20;

Thaylo Costa Carvalho, 24;

Helio Júlio Farias da Silva, 34;

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