A tão propalada revitalização da Avenida Eduardo Ribeiro, Centro, talvez a única obra a ser concluída na administração do prefeito Arthur Neto (PSDB), teve custo inicial de R$ 9 Milhões e 235 Mil e tem o objetivo de contemplar a recuperação das pedras tipicamente portuguesas e os paralelepípedos que compõe o pavimento original, hoje escondidos pelo asfalto e calçadas.
Até aí, nada de anormal. O problema é, que muito antes de concluir 50% das obras, o primeiro trecho inaugurado já começou a ceder. Na primeira etapa inaugurada pelo prefeito entre as ruas 10 de Julho e a 24 de Maio, no dia 05 de fevereiro, em frente ao Teatro Amazonas, vários pontos dos paralelepípedos já começaram a afundar.
As pedras da revitalização, colocadas às pressas para ganhar tempo de serem inauguradas antes da proibição do ano eleitoral, não estão resistindo o peso dos automóveis e o movimento normal de pedestres, como era previsto.
O valor orçado inicialmente era de R$ 9,2 Milhões, mas após as descobertas dos trilhos dos bondes que serviam de transportes no início do século, houve um aditivo e o valor inicial pulou para R$ 9,8 Milhões. Acredita-se, que até o final da obra, esse valor deva estar bem próximo do dobro.
O arranjo mal feito, pode até agradar uma meia dúzia de lojistas que veem na obra, uma possibilidade de aumentar as suas vendas, mas, no geral, enquanto centenas de ruas estão esburacadas nos bairros de Manaus, o prefeito está fazendo o que pode ser considerado uma obra para inglês ver (turistas), ou mais diretamente falando, uma obra eleitoreira para sair no programa político partidário do prefeito.
Contando com as várias peças publicitárias, destinadas a mostrar que o prefeito está fazendo um trabalho no Centro de Manaus, a prefeitura gastará mais em propaganda do que na própria obra, tendo em vista o aumento nos gastos de propagandas para anunciar as obras da prefeitura.
Resta saber, se o prefeito Arthur Neto (PSDB) terá a mesma disposição para tapar os buracos das ruas dos diversos bairros, inclusive no Distrito Industrial, que precisam urgentemente serem recapeados e atender as reais necessidades da população.
