
Pelo nono ano consecutivo, o Pará é líder no desmatamento e degradação da Amazônia.. Em novembro deste ano, o Estado será a sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).
De acordo com o novo estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram 1.260 km² de floresta derrubada em 2024 no Pará. Os dados representam um aumento de 3% em relação ao ano anterior e a liderança negativa do estado reflete desafios históricos.
A Terra Indígena Cachoeira Seca, localizada nos municípios de Altamira, Placas e Uruará, foi a mais desmatada na região em 2024, com 14 km² de floresta perdida, um aumento de 56% em relação ao ano anterior. A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu, liderou entre as unidades de conservação, com 51 km² devastados, o equivalente a mais de 5 mil campos de futebol.
O estudo do Imazon revela ainda que 2024 foi o segundo ano consecutivo de queda no desmatamento na Amazônia, com 3.739 km² derrubados, 7% a menos do que em 2023 e 65% a menos do que em 2022. No entanto, os números ainda representam uma perda de mais de mil campos de futebol por dia. Estados como Amazonas e Mato Grosso, que ocupam o segundo e terceiro lugar do ranking, embora ainda no topo do ranking, apresentaram redução nas taxas de destruição, enquanto o Acre registrou um aumento de 39%.