O vereador Plínio Valério (PSDB), na manhã de hoje, quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), fez um discurso de protesto pelo descaso do Governo Federal com o Estado do Amazonas, exigindo Justiça para com a Zona Franca de Manaus (ZFM).
Para ele, tanto o atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro, quanto o ex-ministro (Mauro Borges), não estão dando a devida importância para Manaus, deixando a ZFM em segundo plano.
Plínio Valério fez o desabafo da tribuna da Câmara após tomar conhecimento da incerteza da presença do ministro do MDIC na reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) marcada para hoje, na sede autarquia, uma vez que o titular da pasta foi submetido a um cateterismo na última terça-feira (21) e, provavelmente, não terá condições de manter o compromisso.
O vereador criticou também a classe empresarial que, de acordo com ele, não tem se articulado para defender os investimentos no Polo Industrial de Manaus. “Se prorrogar bem, se não prorrogar é culpa dos políticos”, justificou a sua colocação. “Para nós só restam os empregos e até isso não tem mais”, afirmou.
Plínio Valério assegurou que seu discurso sempre será pela preservação da Zona Franca de Manaus. “Temos que parar de receber esmola, de mendigar com o pires na mão em Brasília, como se fossemos pedintes. Parar de pedir esmola e exigir Justiça para com a Zona Franca”, afirmou.
De acordo com Plínio, em dimensão territorial, o Amazonas comporta os Estados do Sul e Sudeste, e seria o 18º maior país do mundo se não fizesse parte do Brasil. “Vou continuar a protestar e exigir Justiça para o Estado que precisa de Justiça”, acrescentou.
Líder do Governo Municipal, o vereador Elias Emanuel também se manifestou sobre o tema: “Fico impressionado pela forma como o Estado do Amazonas é tratado, como subBrasil”, assegurou.
O vereador disse que estava esperançoso quando Armando Monteiro Neto assumiu o MDIC, porque no episódio da prorrogação estendeu um braço amigo para com a Zona Franca, entretanto há oito meses o Conselho da Suframa ficou sem reunião. “Quando marca uma reunião, ainda vai mandar um preposto”, protestou. “Qual a linha de prioridade do Governo Central para com a região. Não há interesse com o Projeto ZFM, com a população que mantém o Estado mais bem preservado do país”, afirmou.
Como ressaltou, o seu pronunciamento se revertia em lamento e protesto ao Governo Federal. O vereador lembrou que o governador José Melo (PROS), José Melo eleito com uma votação expressiva até hoje não foi digno de uma conversa, de uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT).
“O ministro viria a Manaus e não vem mais. Nos sentimos órfãos do Governo Federal”, destacou, em protesto por essas postura, considerada por ele desrespeitosa para com a população de Manaus.
