Perseguição, ameaças e intimidação a motoristas, marcam eleição no sindicato dos Rodoviários

Tentativa de inscrição de chapa foi frustrada pelas ameaças dentro do Sindicato - foto: recorte/vídeo

Trabalhadores das categorias dos motoristas, cobradores e funcionários das empresas de transportes urbanos em Manaus, que tinham a intenção de concorrer às eleições sindicais internas, neste dezembro de 2024, acusam os diretores do Sindicato dos Rodoviários de ditadores, perseguidores e difamadores contra pessoas que pensam diferente deles.


As redes sociais e grupos da categoria estão recheados de ameaças aos pais de família, que trabalham no sistema. Muitos deles estão sendo ‘demitidos por ordem dos quatro Oliveiras’, porque tiveram a ousadia de tentar inscrever chapas ou disseram que apoiam a chapa de oposição, Resistência Luta e Renovação.

Ajudante da família Oliveira, Élcio Campos, pressionando trabalhador na empresa Eucatur – foto: recorte/vídeo

Donos do sindicato

Os 04 Oliveiras dirigem a entidade com mão de ferro há mais de 20 anos. Acham que o sindicato é propriedade da família. Recentemente, vazou, inclusive, um documento informando que a sede da categoria teria sido vendida para outro sindicalista (documento abaixo).

Os trabalhadores sindicalizados só ficaram sabendo porque o associado, Mauro Chagas, conseguiu documentos escondidos pelo presidente Givancir de Oliveira, em uma mansão investigada pela Justiça, no município de Iranduba.

“Pensando bem, os mais de 20 anos que os Oliveiras estão no poder, só serviu para aumentar o patrimônio da família e tudo à custa dos trabalhadores Rodoviários. São prédios, mansões, apartamentos na Ponta Negra, casas no Tarumã, frota de ônibus”, pontuou Mauro.

Inscrição de Chapa negado

Os cabeças da Chapa de oposição Resistência, Luta e Renovação, Cleberson Garcia e Mauro Chagas, até tentaram inscrever chapa para estas eleições/2024, mas tiveram que sair correndo do Sindicato. No vídeo, abaixo, fica claro a perseguição e ameaça à vida dos dois, quando eles foram ao sindicato para inscrever a Chapa (assista):

As imagens mostram toda a família, um das irmãs, sobrinhos e os Oliveiras donos do Sindicato pressionando Mauro e Kleberson, este último, demitido na segunda feira (18/11), logo depois de sair correndo do Sindicato, a mando do presidente Givancir de Oliveira.

Depois das ameaças sofridas, Kleberson Garcia Felício se viu obrigado a entrar com um Boletim de Ocorrência (BO), com uma representação criminal, pela prática de infração penal – AMEAÇA Art. 147 do CPB, contra os agressores do Sindicato.

Sobre os perseguidores, Mauro e Kleberson disseram que não vão revidar, mas que tudo está sendo copiado para ser apresentado à Justiça. Eles acreditam que as provas que tem em mãos contra Givancir de Oliveira, Josildo de Oliveira, Jaildo de Oliveira, Josenildo Mossoro de Oliveira, família Oliveira e um ‘empregado deles’ que atende pelo nome de Élcio Campos, são suficientes para afastar de vez a diretoria que só tem feito mal aos trabalhadores.

Eles também estão representando os Oliveiras na Justiça por negativa de documentos necessários para inscrição de chapas. “Tem um bando dentro do Sindicato, preparado para rechaçar todos que tentam impedir a oposição à CHAPA ÚNICA montada por Givancir com toda a família Oliveira dentro”, disse.

Presidente se nega a receber notificação

Mesmo Givancir de Oliveira sendo notificado extrajudicialmente pela Oficial de Registro, Maria da Conceição Castro Lopes, do 1º Cartório do Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas, ainda assim, ele se negou a receber a notificação, fato que comprova a sua intenção de conduzir o pleito eleitoral sindical sem oposição – CHAPA ÚNICA -, com fortes indícios de tentativa de manipulação de resultados e de benefícios para a família Oliveira.

Por sua vez, o motorista Odilon de Oliveira Silva, continua mantendo a notificação, com a esperança de ter acesso aos documentos em favor do cabeça da Chapa – Resistência, Luta e Renovação, negados pelos ditadores do sindicato dos Rodoviários.

Sistema familiar

Os opositores ao sistema familiar na direção do Sindicato, esperam que o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça Trabalhista da 11ª Região e o Ministério Público Federal (MPF), consiga abrir as portas da entidade sindical, que tem, inclusive, um presidente condenado e preso por acusação de crime contra um travesti, no município de Iranduba, além de crimes por peculato e difamação de terceiros.

Hoje, o Sindicato dos Rodoviários é presidido por uma pessoa que tem um longo histórico criminal, sendo acusado, inclusive de assassinato, roubos e envolvimento em grupos de extermínio e ocultamento de cadáver.

Demissões e denúncias

“Não queremos ver trabalhadores, pais de família e profissionais dos transportes Urbanos sendo demitidos no final do ano, porque querem mudanças na direção do sindicato”, afirmou Kleberson, que também teme as agressões aos trabalhadores por grupos armados mantidos na sede do Sindicato.

O que os trabalhadores querem, é que a Justiça afaste a diretoria e deixe que pessoas neutras se credencie para concorrer às eleição para o quadriênio 2024/2028 e que o MPT e o Ministério Público monitore as eleições nos Rodoviários, para acabar com os vícios dos últimos 20 anos.

Chapa única da Família Oliveira:

 

Documento confirma que não existe bens e imóveis em nome do Sindicato dos Rodoviários:

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