
Uma pesquisa realizada em 28 países pela Edelman, agência global de comunicação com escritórios em todos os continentes, revelou que 70% dos brasileiros esperam uma melhora na condição econômica (tanto sua, quanto a da família) nos próximos cinco anos. O mesmo se repete entre os países com economias emergentes presentes no estudo.
O estudo “Edelman Trust Barometer” é realizado desde 2001 e mede a confiança das pessoas no governo, nas empresas, nas organizações não governamentais (ONGs) e nos meios de comunicação. Na edição de 2020, mais de 34 mil pessoas foram consultadas.
De acordo com ele, os mais otimistas são os quenianos, em que 90% acreditam na melhora, enquanto os chineses quase empataram com os brasileiros, com 69% de animação. No entanto, em 15 dos 28 participantes houve pessimismo, que inclui todos os mercados desenvolvidos. Nos Estados Unidos, 43% dos entrevistados creem na prosperidade econômica. Na França, apenas 19% da população está otimista, enquanto no Japão o número é ainda menor, com apenas 15%.
No geral, as pessoas entrevistadas se mostraram desconfiadas com todas as instituições, assim como nas mudanças tecnológicas. De acordo com a pesquisa, a confiança vem diminuindo conforme as sensações de desigualdade e injustiça têm ganhado cada vez mais espaço.

Para 56% dos consultados, o capitalismo atualmente produz mais mal às populações do que bem. Outra coisa manifestada no estudo foi o medo de ficar para trás, que aparece em 57% das pessoas em 21 dos 28 países. Neste campo, 62% dos brasileiros entrevistados possuem o mesmo temor. Com o avanço tecnológico, 83% disseram ter medo de perder o emprego por causa de automação, falta de treinamento, competição estrangeira ou presença de imigrantes dispostos a ganhar menos.
Oportunidades no Brasil
A economia brasileira tem dado alguns sinais de recuperação. Para 2020, o orçamento prevê a abertura de 51.391 vagas em concursos. Destas, 45.816 são para provimento, quando os cargos já estão criados e o servidor público precisa ser trocado por motivo de morte ou aposentadoria, e as 5.575 vagas restantes são para a expansão do número de profissionais nos cargos. No momento, já há concursos abertos para diversos órgãos estaduais e federais.
O número de vagas previstas no orçamento representa um aumento de 1.400% em relação a 2019, em que o governo admitiu a contratação de 3.369 servidores.