
Povos indígenas de Nhamundá (a 375 quilômetros de Manaus) realizaram a 7ª Assembleia Geral dos Povos Karib. Durante o evento, realizado entre 21 e 25 de março, os participantes reivindicaram o processo de demarcação da terra indígena Kaxuyana-Tunayana.
A finalização do processo ainda depende de demarcação física e homologação presidencial. Os povos indígenas também discutiram sobre a não permissão de mineração em terras indígenas, além de questões envolvendo educação, saúde, turismo e geração de renda.
O Ministério Público Federal (MPF) realizou visita in-loco aos povos indígenas de Nhamundá e participou da Assembleia. A região é chamada pelos indígenas locais de território Wayamu e compreende as terras indígenas Nhamundá-Mapuera, Trombetas-Mapuera e Kaxuyana-Tunayana.
O procurador da República Fernando Soave, que atua na temática indígena, representou o MPF durante os cinco dias de debates. Participaram do evento os povos Hexkaryana, Xerew, Waiwai, Katwena, Tunayana, Katxuyana, Kahyana, Tixkyana, Mînpoyana, Parukwoto, Mawayana e Xowyana. Na Assembleia, foram entregues o Plano de Gestão Territorial e Ambiental do Território Wayamu e o Protocolo de Consulta.