

Após denúncia de que o Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá (Cuiabá Prev) teria desembolsado 3,4 milhões de reais para investir no Fundo de Investimento em Participações (FIP) Viaja Brasil, o prefeito Mauro Mendes (PSB) determinou um “pente fino” no órgão.
O fundo é um produto criado pelo Banco Máxima com o propósito de impulsionar o crescimento do grupo Marsans Brasil, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, que passou a ser conhecido também como um dos pivôs do esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, investigado pela Polícia Federal na operação Lava-Jato.
Mendes determinou que uma auditoria em todas as aplicações financeiras fossem realizadas desde o dia 1º de janeiro de 2013. O chefe do Executivo também baixou o decreto (n.º 5.511) criando a comissão de auditoria.
Além das aplicações financeiras feitas pelo fundo previdenciário, também serão analisados os acordos judiciais feitos pelo Cuiabá-Prev no último ano e meio.
A comissão que é formada pelos controladores Marcelo Bussiki (controlador-geral) e Weslley Bucco Júnior e pelos procuradores Rogério Gallo (procurador-geral) e Luís Antônio Araújo Júnior tem até o dia 9 de junho para encerrar os trabalhos e apresentar um relatório ao prefeito Mauro Mendes.
Entenda o caso
O Cuiabá-Prev foi alvo de denúncia da Revista Veja. De acordo com o periódico, sob o comando de Bolanger José de Almeida, o instituto desembolsou 3,4 milhões para investir no Viaja Brasil.
À revista de circulação nacional, Bolanger responsabilizou o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) pelo investimento no fundo controlado por Youssef. Mas, documentos do Ministério da Previdência só mostram aplicação no fundo Viaja Brasil a partir do segundo bimestre de 2013 — portanto, sob a gestão de Almeida. (Mato Grosso Notícias)