Princesas sauditas presas por rei usam internet para pedir liberdade Além disso, a princesa criticou que “o mundo inteiro está vendo o que acontece e esperando que algum tipo de tragédia aconteça”.
A outra irmã presente na gravação, Yawaher Bint Abdullah Al-Saud, pede à Organização das Nações Unidas (ONU), a organizações de direitos humanos, ativistas, líderes e governos que “venham e vejam por eles mesmos o ato criminoso que está sendo cometido aqui nesta casa”.
Yawaher continuou sua declaração e acusou a comunidade internacional de ser “responsável e cúmplice do rei saudita e de seus filhos nesse ato criminoso”.
“Não aceitamos o argumento de que seja uma disputa familiar. Não podemos ser sequestradas e chamarem isso de disputa familiar, nos negando direitos humanos, comida, água, o direito de viver ou de nos movimentar”, lamentou Sahar.
Ela assegurou que seus protestos não vão parar e que, para isso, usará a internet, cujo acesso lhe é permitido, segundo ela, para desacreditá-la.
Carta a Obama
A ex-mulher do rei saudita, a jordaniana Alanoud Alfayez, de 57 anos, chegou a enviar uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo ajuda para libertar suas quatro filhas.
“Alguém tem que intervir. Minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém”, escreveu. “Há 13 anos, Sahar, Maha, Hala e Jawaher estão sob prisão domiciliar, morrendo de fome e precisam ser libertadas imediatamente”, declarou Alanoud, que vive em Londres desde o divórcio, em 2003.
Segundo diplomatas na Arábia Saudita, as princesas estão detidas em Jidá, mas podem circular com guarda-costas.
Lord Anthony Lester, que foi advogado da ex-mulher de Abdullah, explicou que há oito anos já havia tentado libertar as jovens, mas o rei recusou-se a cooperar.(G1 – Brasil)