Produtores rurais começam a adquirir calcário mais barato no AM

O calcário mais barato chega aos produtores/Foto: Alex Pazuello

 


O calcário mais barato chega aos produtores/Foto: Alex Pazuello
O calcário mais barato chega aos produtores/Foto: Alex Pazuello
O calcário mais barato no Am/Foto: Alex Pazuello
O calcário mais barato no Am/Foto: Alex Pazuello,

Mais de mil toneladas de calcário dolomítico, utilizado na agricultura, produzido pela primeira fábrica de calcário do Amazonas, já foram vendidas para produtores rurais de Manaus e dos municípios de Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Iranduba, Manacapuru e Presidente Figueiredo, que fazem parte da Região Metropolitana Manaus (RMM).

Inaugurada há cinco meses, a fábrica Calnorte Ltda. recebeu incentivo fiscal do Governo do Estado, permitindo que o produto seja comercializado por um preço bem abaixo do que é praticado pelo mercado atualmente.

Atualmente, o agricultor amazonense pode comprar o calcário dolomítico por R$ 160 a tonelada, graças à isenção do pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS). O Governo, também, vai subsidiar o transporte do calcário para os municípios mais distantes do interior. Até a inauguração da fábrica, em março deste ano, o agricultor familiar ou produtor rural do Amazonas era obrigado a adquirir o calcário, vindo principalmente de estados do nordeste, como Ceará, a um custo de R$ 450 a tonelada, o que impossibilitava a compra para muitos agricultores do mineral, utilizado para equilibrar o PH do solo, que no Estado é considerado muito ácido pra a prática da agricultura.

De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), 24 produtores, de seis municípios, já estão comprando o calcário mais barato. Segundo um dos sócios da fábrica Calnorte, Francisco Cruz, também já está em negociação a venda do produto para os municípios de Apuí, Humaitá e Maués. “A negociação com o município de Apuí está mais adiantada. Já fechamos a venda de três mil toneladas do produto. Em Humaitá e Maués, as cooperativas estão fazendo o levantamento dos produtores interessados, para então fecharmos a venda”, explicou Cruz.

Demanda em crescimento – O empresário destaca que a fábrica tem capacidade de produção de 60 toneladas por hora do produto e atualmente possui duas mil toneladas prontas para serem vendidas. Ele acredita que, para o pouco tempo de funcionamento da indústria, a quantidade já comercializada é satisfatória e que a tendência é o crescimento dessa demanda nos próximos meses.

O gerente de Apoio à Produção Vegetal do Idam, Pedro Benício Barros, também acredita no crescimento do interesse pelo calcário mais barato por parte dos produtores, principalmente com a comprovação da qualidade do material. “As pessoas estão começando a conhecer esse novo calcário agora. Então, a procura ainda vai aumentar. Nós já realizamos testes que comprovam a qualidade do que está sendo produzido. Então, a expectativa é que esse consumo cresça, principalmente porque o uso do calcário é muito importante para o nosso solo”.

Segundo Pedro Benício, o Idam tem trabalhado na divulgação e no auxílio na elaboração de projetos para produtores que desejam adquirir o mineral. Ele também explica que o Idam vai realizar a compra, por meio de pregão eletrônico, do produto para ser distribuído a produtores da região do Rio Negro e que a empresa poderá participar desse processo licitatório.

Aumento da produção – Trabalhando com agricultura há 25 anos, Ednei Marques, que tem uma fazenda onde são produzidas frutas cítricas, mamão, entre outros produtos, no município de Iranduba, foi um dos produtores que já comprou o produto mais barato. Ele adquiriu 180 toneladas do calcário dolomítico e afirma que a redução no preço vai possibilitar o aumento da sua produção.

“Eu usava muito pouco o calcário por conta do preço. Anteriormente, para eu comprar essa quantidade seria difícil. Agora, com o uso do produto, daqui a algum tempo, a tendência é a minha produção aumentar, já que o solo vai ter sido corrigido”, afirmou Ednei Marques.

O uso do calcário na agricultura tem como objetivo principal neutralizar os efeitos da concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. A acidez dos solos promove o aparecimento de elementos tóxicos para as plantas, além de causar a diminuição da disponibilidade de nutrientes. As consequências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas.

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