Programa GOAmazon da FAPEAM será apresentado, em Manaus

A exuberância da Floresta Amazônica

A exuberância da Floresta Amazônica


Manaus sediará no período de 18 a 20 de fevereiro o evento de apresentação do programa de pesquisas Green Ocean Amazon – GOAmazon, que é uma iniciativa do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em parceria com a Fundação de Amparo  à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE).

O objetivo do programa é buscar conhecer em detalhes a dinâmica da Floresta Amazônica e de sua interação com a atmosfera. As pesquisas devem durar, aproximadamente, 2 anos, ou seja, vão até dezembro de 2015.

Os investimentos à iniciativa são da ordem de R$ 24 milhões que foram divididos entre as três agências (FAPEAM, Fapesp e DoE). Cada proposta selecionada recebe entre R$ 750 mil e R$ 1,5 milhão. Os temas contemplados são das áreas de Sistemas Atmosféricos, Ciências dos Ecossistemas Terrestres e Modelagem Climática Regional e Global.

Os estudos beneficiarão diretamente pesquisadores de três instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas: Universidade do Estado do Amazonas (UEA),  Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Também são parceiros o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BRA), Instituto de Espaço e Aeronáutica (IAE/BRA), Instituto Max Planck de Química (MPIC/Alemanha), UEA, Ufam, Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Harvard, dentre outras universidades do Brasil e dos EUA.

Ao todo, 100 cientistas entre brasileiros, americanos e alemães devem contar com equipamentos do ‘Atmospheric Radiation Measuremente (ARM) Facility’ do DoE, juntamente com radares e medições em terra.

A estrutura física do projeto é composta por 11 contêineres-laboratórios que estão em fase final de instalação, na Fazenda Agropecuária Exata S/A, em Manacapuru, interior do Amazonas.

Os equipamentos permitirão a medição das propriedades da atmosfera, como concentração de gases e material particulado (aerossóis), formação e desenvolvimento das nuvens, fluxos de radiação solar e atmosférica, variáveis meteorológicas, tais como a temperatura, velocidade e direção do vento, umidade, velocidade da chuva, pressão atmosférica, fluxo do gás carbônico, de calor latente e sensível, entre outros.

Além disso, os pesquisadores terão acesso a outros diversos instrumentos que facilitarão os estudos, localizados em sítios na Bacia Amazônica.  Em outros pontos também serão utilizadas as aeronaves, Gulfstream (DoE) e Halo, de origem alemã. Os aviões são equipados para coletar dados de gases-traço, aerossóis e medidas de nuvens.

Ao todo, seis propostas foram aprovadas pela parceria. Entre elas, três projetos terão investimentos da Fapeam, resultando no valor de R$ 6 milhões. Os demais estudos serão desenvolvidos em colaboração com pesquisadores de São Paulo, com financiamento da Fapesp e cientistas americanos, apoiados pelo DoE.

Projetos

O projeto de pesquisa colaborativa ‘Modificações por poluição antropogênica da química natural atmosférica e microfísica de partículas da chuva tropical’ terá como foco o ciclo de vida secundário do aerossol orgânico em ambientes virgens e poluídos, comparando-os, bem como o impacto desses aerossóis, na formação de nuvens e precipitação.

O projeto ‘Bridging – na superfície terrestre e concentrações de aerossóis que podem provocar chuvas convectivas’ tem como finalidade,  investigar a possível modificação da química natural atmosférica pela atual e futura poluição antropogênica, incluindo a forma como a poluição antropogênica afeta a formação de aerossóis orgânicos secundários, e entender como a distribuição em das partículas de aerossóis afeta o clima local, utilizando modelagem microfísica e observações de satélite.

E o projeto ‘Compreender a resposta do metabolismo fotossintético em florestas tropicais às variações climáticas sazonais’ pretende compreender os fatores que controlam a resposta da fotossíntese em florestas da Amazônia às variações sazonais do clima. Apesar dos esforços científicos para avançar na compreensão da fotossíntese nos últimos anos, os modelos de sistemas atuais da Terra e os dados de sensoriamento remoto não podem prever com precisão as respostas fotossintéticas em florestas tropicais.

A cerimônia de abertura do GOAmazon está prevista para ocorrer na terça-feira (18), às 19h00, no auditório do Bosque da  Ciência, no Inpa.

Já nos dias 19 e 20, os integrantes do GOAmazon farão visitas técnicas, entre elas os municípios de Iranduba (AM) e Manacapuru (AM).


Artigo anteriorParatleta amazonense busca a primeira conquista no ano, em MG
Próximo artigoLargo do Mestre Chico vira palco de música e cores na Festa do Tururi

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui