Que faltam muitos meses para as eleições de 2016, todo mundo sabe. Mas que os comentários sobre os possíveis personagens do próximo embate municipal se intensificam, ninguém pode negar. Um dos nomes mais vistos é o do (ex)candidato derrotado ao governo do Amazonas em 2014, Marcelo Ramos (sem partido), que vem sendo cooptado por antigos e atuais caciques da política amazonense.
Marcelo, por sua vez, ora diz que pretende aceitar a inexpressiva vaga de (vice) oferecida pelo atual prefeito de Manaus, ora nega veementemente e diz que vem na cabeça de chapa majoritária. Entretanto, e segundo fontes internas da sua (ex)legenda, o PSB, ele está “jogando” para valorizar o passe.
Mas quem vem forte e com mídia própria é o ex-governador e ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT). De acordo com antigos aliados de Amazonino, ele estaria contratando profissionais de comunicação (rádio, jornal, site), para da uma repaginada na sua imagem, que saiu arranhada da última administração municipal.
Sorte de Amazonino é que o atual prefeito está se saindo pior que a encomenda. E mesmo que venha para a reeleição, será um páreo fácil para os pretendentes à prefeitura em 2016. Mas, prevendo a possibilidade de enfrentar “pedreira”, quando, também, pode bater de frente com a ex-deputada federal Rebecca Garcia (se ela não for indicada para a Suframa, conforme o previsto e esperado), Amazonino deve “enfiar a mão no bolso”, gastar milhões para recuperar a sua imagem de empreendedor em programa de rádio, TV e sites contratados. Coisa que não vimos na sua última administração e campanha.
O que não tem agradado nessa história é o fato de ele prometer gastar uma fortuna com a contratação de jornalistas, fotógrafos, radialistas, publicitários e design de outras praças, quando aqui existe um celeiro de bons profissionais. Evidente, que pode dar com os “burros n’água”, não dar certo. Tivemos um exemplo recente nas eleições de 2010, quando uma candidata à prefeitura de Manaus trouxe publicitários de outros estados e eles fizeram um estrago na sua candidatura e imagem.
Amazonino age como a maioria dos políticos do Estado. Eles dizem que “amam o Amazonas, que amam o povo do Estado”, mas quando falam de um novo projeto, vão buscar gente de outras praças para falar dos rincões amazonenses, dos costumes e da logística que eles desconhecem. O erro tem sido fatal para muitos que agiram assim. O Amazonino já deveria saber disso.
