Promotoria quer pena de morte para autor de massacre na Flórida

Nikolas Cruz, responsável pela morte de 17 pessoas em uma escola na Flórida - Mike Stocker/Reuters

A Promotoria do condado de Broward, na Flórida, pedirá a pena de morte para Nikolas Cruz, o jovem que confessou ser o autor do massacre do mês passado que matou 17 pessoas numa escola de Parkland. De 19 anos, o réu enfrenta 17 acusações de homicídio premeditado e outras 17 de tentativa de homicídio, pelas 17 pessoas que ficaram feridas quando ele abriu fogo dentro da escola Marjory Stoneman Douglas em 14 de fevereiro.


O procurador estadual Michael Satz notificou a juíza Elizabeth Scherer sobre a intenção de pedir a pena de morte para Cruz. Os advogados do jovem, no entanto, oferecem um acordo para que ele se declare culpado em troca de não correr o risco de ser executado.

Nikolas Cruz, responsável pela morte de 17 pessoas em uma escola na Flórida – Mike Stocker/Reuters

“Nós estaremos prontos para imediatas declarações de culpa nas 34 penas perpétuas consecutivas sem a possibilidade de liberdade condicional”, disse, por email, Howard Finkelstein, defensor público responsável pelo caso. “Se não tivermos permissão para isso, amanhã vamos ficar em silêncio sobre as acusações. Não vamos dizer que ele não é culpado, mas não podemos declarar culpa enquanto a pena de morte ainda estiver sobre a mesa”.

Há um mês, Cruz invadiu a escola de onde havia sido expulso por razões disciplinares enquanto cursava o segundo ano. Ele disparou o alarme de incêndio para fazer com que mais pessoas abandonassem as salas de aulas para, então, abrir fogo a esmo com uma AR-15 e atingir o máximo de vítimas. Além disso, ele se misturou às centenas de alunos em fuga para conseguir abandonar o prédio. De acordo com o xerife do condado de Broward, Scott Israel, 12 pessoas morreram dentro do prédio, três no lado de fora e duas no hospital.

O jovem foi identificado através de vídeos de segurança na escola, e encontrado em um bairro próximo à escola, Coral Springs. Ele não resistiu à prisão, e foi inicialmente levado a um hospital próximo para verificação. Agora, já está sob a vigilância dos agentes de segurança na prisão do condado de Broward, onde fica Parkland.

Descrito como solitário e interessado em armas, o jovem comprou a arma legalmente. O massacre provocou uma onda de comoção e de revolta nos EUA, reaquecendo o debate sobre controle de armas. Na semana passada, o governador da Flórida, Rick Scott, assinou uma lei que impõe maior controle para a venda de armas no estado e estipula que alguns professores poderão ser armados nas escolas.

Fonte: O Globo

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