Próximo de 30% das Latino-Americanas são mães ainda adolescentes

Mila Reis da Silva, de 15 anos, Pamela Costa, de 16 anos, e Rita Nascimento, de 13 anos, dizem que sempre sonharam em ser mães, mas não tão cedo.
Mila Reis da Silva, de 15 anos, Pamela Costa, de 16 anos, e Rita Nascimento, de 13 anos, dizem que sempre sonharam em ser mães, mas não tão cedo.
Mila Reis da Silva, de 15 anos, Pamela Costa, de 16 anos, e Rita Nascimento, de 13 anos, dizem que sempre sonharam em ser mães, mas não tão cedo.

Vinte e oito por cento das mulheres na América Latina foram mães antes dos 20 anos, tornando esta a segunda região do mundo com maior fecundidade na adolescência, atrás apenas da África subsaariana, revelou um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado nesta quinta-feira.
A América Latina também é a segunda região do mundo onde menos diminuiu a maternidade infantil nos últimos 20 anos (-12,9%), sobretudo levando em conta os baixos níveis de fecundidade total dos países e seus avanços em educação e saúde.


A taxa de fecundidade entre menores de 20 anos caiu de 32% no ano 2000 para 28% em 2010, um nível similar ao de 1990 (29%), segundo o estudo, intitulado “A reprodução na adolescência e suas desigualdades na América Latina”.

Na Europa ocidental, a taxa de maternidade na adolescência é de 2%.  A maternidade entre jovens de 15 a 19 anos é maior em setores pobres e indígenas. De fato, em Brasil, Panamá e Costa Rica, a gravidez na adolescência entre aborígenes é o dobro da observada em mulheres mestiças.
Muitas meninas, “por falta de oportunidades, restrições para fazer projetos pessoais e padrões culturais” veem a maternidade como uma forma de superar a pobreza, alertou a Cepal.

O salão escola foi uma reivindicação das próprias meninas.
O salão escola foi uma reivindicação das próprias meninas.

Os países com maior taxa de maternidade entre jovens de 15 a 19 anos são Nicarágua (19,9%), República Dominicana (19,7%) e Equador (17%), enquanto os níveis maisbaixos são registrados em Uruguai (9,5%), Costa Rica (11,1%) e Peru (11,5%).

A gravidez em menores de 15 anos é de 0,5%, mas a cifra tem viés de alta. Segundo a Cepal, a gravidez na adolescência “fomenta a reprodução intergeracional da pobreza” e “compromete a autonomia das mulheres para empreender seus projetos de vida”.

Também “evidencia a necessidade de que a educação sexual e os serviços de saúde reprodutiva sejam uma prioridade das políticas públicas”, acrescentou o informe.

(AFP)

Artigo anteriorApós acidente Sandra Annenberg volta ao ‘Jornal Hoje’ nesta sexta-feira (14)
Próximo artigoZezé Di Camargo fica “orgulhoso” com arrependimento de Wanessa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui