PT oficializa neste sábado (21), Dilma à reeleição com base na fórmula de 2010

Dilma será oficializada neste sábado como candidata do PT/Foto: Reuters
Dilma será oficializada neste sábado como candidata do PT/Foto: Reuters
Dilma será oficializada neste sábado como candidata do PT/Foto: Reuters

O PT lança neste sábado a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição, na esperança de estancar a queda na popularidade da presidente e repetir a fórmula vitoriosa de 2010.

Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, Dilma mantém a dianteira na disputa, mas a rejeição a seu governo tem crescido.


Num levantamento do Ibope divulgado na última quinta, o percentual de entrevistados que consideram sua gestão ruim ou péssima alcançou 33%, cinco pontos percentuais a mais que o índice medido em março.

O aumento na rejeição a Dilma não tem afetado, no entanto, as alianças governistas para a eleição.

No início do mês, o PMDB, principal aliado do PT na coalizão que ampara o governo, formalizou seu apoio à repetição da parceria do último pleito presidencial.

Também já se comprometeram a continuar na coalizão o PC do B, o PP e o PTB. Nas próximas semanas, espera-se que o PSD e o PR se unam ao grupo.

A ampla coalizão dará à candidata petista um tempo de propaganda eleitoral gratuita em TV e rádio muito maior que o de seus principais oponentes, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
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As parcerias devem ainda garantir a Dilma, caso se reeleja, a maioria das cadeiras no Congresso.

‘Modelo desgastado’

Como contrapartida pelo apoio ao governo, os partidos da base exigem cargos em órgãos públicos.

Hoje, oito ministérios ou secretarias estão nas mãos de siglas aliadas, quatro deles com o PMDB.

Para Ricardo Ismael, professor de Ciência Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), “não há dúvidas de que é necessário contar com uma maioria estável no Congresso para aprovar projetos e garantir a governabilidade”.

Por outro lado, diz ele, a prática está “bastante desgastada” e passa a impressão de que o governo pensa mais em si do que nos interesses da sociedade.

“Esses ministérios (comandados por siglas aliadas) viram praticamente feudos dos partidos, que fazem com eles o que querem”, afirmou Ismael à BBC Brasil.

Os efeitos da megacoalizão no Congresso também são controversos.

“Como a base é muito heterogênea ideologicamente, não há maioria para tirar do papel questões de fundo, como as reformas tributária e política”.

Segundo o professor, enquanto caciques como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) integrarem a base governista, “é difícil imaginar que o governo apoiará uma pauta que vá contra as elites conservadoras”.

Controle da máquina

Entre as vantagens de Dilma na campanha, Ismael cita o “controle da máquina”.

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