A guerra travada entre traficantes pelo controle de pontos-de-venda de drogas no bairro São Lázaro, Zona Sul de Manaus, gerou um novo ‘toque de recolher’, principalmente, na rua Vicente Reis, próximo ao QG do tráfico do bairro.
A disputa pelas bocas de fumo atinge mais de 5 mil famílias, que moram em três beco da área Zona Sul. Os moradores correm risco de morte ao sair de casa após às 22h, o horário que a bandidagem está armada até os dentes para impedir que pessoas transitem pelas ruas.
O toque de recolher passou a valer, desde o último fim de semana (07 e 08 de Maio). Moradores que pedem para não serem identificados, afirmam que temem deixar as suas casas após as 22 horas.
Expulsos de casa
Quem mora nas ruas Vicente Reis, Beco Olaria, Beco da Quadra e outras ruas, dizem que estão sofrendo ameaças de expulsão de suas residências e, que o um suposto traficante com a alcunha de Buiú é quem está ‘tocando o terror’ na região.
Informações confidenciais chegadas ao Portal Correio da Amazônia, diz que até os comerciantes das três ruas, também aderiram ao toque de recolher. Eles estariam fechando três horas mais cedo.
Transferência
A funcionária da Escola Estadual Bom Pastor, Carolina Augusta da Costa Galvão, disse que recebeu ontem (11), cinco pedidos de transferência de alunos que moram no bairro São Lázaro, mas não sabe dizer se tem ligação com as denúncias dos moradores sobre o domínio do tráfico.
O que se sabe é que a escola fica a menos de 100 metros do ‘núcleo das drogas’. O medo dos moradores é que eles fiquem no meio do fogo cruzado e terminem por ser atingidos por bala perdida.
Outra moradora afirmou que várias famílias estão pensando em se mudar ou, já começaram a deixar as casas com medo da violência.
Segundo ela, a população se sente insegura porque a PM da 7° Cicom não está fazendo ronda na área. “E provavelmente a polícia Civil do 7° Dip não está investigando o traficante Buiu”, lamenta uma moradora.
Moradores pedem socorro, para a Polícia Militar e Polícia Civil.
NT: os personagens desta reportagem não foram identificados por causa do risco de sofrerem represálias do QG do tráfico de drogas, no São Lázaro, que agora começou a invadir e tomar as casas dos moradores.
