
A cúpula nacional do PMDB está pregando que não mais seguirá orientações do governo, na votação de matérias no congresso nacional, e que a aliança firmada nas eleições de 2010, tem que ser rediscutida pela Executiva Nacional do partido.
Esse assunto, que teve como pivô o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), foi largamente discutido na mídia nacional, ao longo da semana, com desdobramento, ainda, não conhecido.
Por conta do posicionamento do principal “aliado” do governo Dilma Rousseff, as relações entre o PT e o PMDB no Amazonas azedaram, a tal ponto, que a base do partido e algumas lideranças de peso do PT, prometem endurecer o jogo, caso a direção nacional coloque a proposta de coligação com PMDB, como vem sendo articulada, atualmente, por interessados, em Brasília.
As alianças regionais entre PT e PMDB, para compor os palanques eleitorais nas campanhas aos governos estaduais, e a recusa petista em apoiar candidatos do PMDB a governador, chegaram ao Ceará, Rio de Janeiro e ao Amazonas.
“Há sinais claro de desgastes e desinteresse da militância petista amazonense numa aliança com o PMDB”, avaliou o presidente do diretório municipal do PT/Manaus, Vital Melo. A rejeição chegou a tal ponto, que não se pretende, sequer, discutir relações e composições com o partido aliado. O PMDB, na avaliação de dirigentes locais, sempre se reportou como aliado da presidente Dilma, nunca do PT do Amazonas.
O motivo do PMDB ter se rebelado às vésperas das eleições 2014, com o vice-presidente Michel Temer, dizendo que não tem controle da sua base política, deixa o PT do Amazonas de sobreaviso, e dispostos a não conversar com o aliado, que não discute projeto de governo, mas o tamanho da fatia do bolo, que lhe cabe.
Candidatura própria
O PT chegou a discutir a possibilidade de lançamento de candidatura própria. Primeiro com o deputado estadual José Ricardo Wendling, depois com o presidente do diretório estadual, Valdemir Santana. Nenhuma das duas vingou. “O PT não se estruturou para uma candidatura própria agora em 2014”, aponta o assessor parlamentar Adilson Carvalho.
Ele e mais 95% do partido, pensa assim. Os outros 5% acreditam que o partido pode surpreender com os mais de cinco minutos de tempo de TV e rádio. Ontem, dia 20, terminaram as inscrições de nomes para as pré-candidaturas aos cargos eletivos do PT no Amazonas. Até o final da tarde, não foi registrada nenhuma solicitação de pré-candidatura ao governo do Estado. Sinal de que o projeto de alguns, não teve ressonância na base do partido, ou os próprios desistiram de levar o seu intento avante.