A abordagem dos agentes da fiscalização sanitária aos ônibus dos transportes urbano em Manaus está sendo criticada pelos diretores do Sindicato dos Rodoviários.
Eles alegam que os agentes estão exigindo que os motoristas fiscalizem os passageiros quanto a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra o Covid-19, quando essa obrigação é do poder público e não do trabalhador do sistema.
O presidente da categoria Josenildo Mossoró questionou a brutalidade com que os fiscais tratam os trabalhadores, como se eles tivessem obrigação de fazer o trabalho que é do próprio fiscal.
“Não podemos permitir que os motoristas e cobradores sejam agredidos pelos passageiros”, acrescenta Mossoró, afirmando que os usuários dos transportes coletivos, muitas vezes, brigam por causa de centavos, quanto mais se o motorista exigir o uso de máscara na entrada do ônibus.

Josenildo disse que faltou orientação no início da pandemia e, quando a fiscalização apareceu, fazendo blitz, já chegou multando os motoristas com truculência.
Ele concorda que deva haver a fiscalização nos ônibus, até para a segurança dos trabalhadores, mas essa responsabilidade é da vigilância sanitária, dos órgãos da Saúde e não dos motoristas que trabalham entre 8h a 10h por dia e veem centenas de passageiros embarcarem e desembarcarem. “Não tem como fiscalizar”, assegura Mossoró.
Assista o vídeo: