Depois de esgotadas todas as negociações, inclusive com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que decidiu por pedido de vistas no processo do dissídio coletivo da categoria, os Rodoviários de Manaus resolveram entrar em Greve Geral, na próxima quinta-feira (08), a partir das 04 horas em toda garagens dos transportes coletivos urbanos da cidade.
A assembleia que definiu pela paralização do sistema, de forma coordenada pelo Sindicato dos Rodoviários, aconteceu no sábado (03), na sede da entidade trabalhista. A decisão foi por unanimidade pelo movimento paredista. Devem parar o número de carros que determina a Lei, tipo, 30%. No entanto, nada garante que esse número será obedecido.
Assembléia da categoria
Sindicalistas e trabalhadores do sistema, presentes à Assembléia, confirmaram que já estão entrando no segundo ano sem reajuste salarial e que o segundo dissídio, que vai decidir pelo reajuste de 2018, acontece no próximo mês abril. Ainda assim, nem a prefeitura, nem o Sindicato patronal (o Sinetram), se manifestaram pela solução do Problema.
Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir de Oliveira, está faltando bom senso e disposição dos órgão responsáveis pelo setor. De acordo com ele, todos, prefeito, empresários, SMTU, TRT estão dificultando as negociações, mesmo depois de uma série de conversas tidas nos gabinetes. “Não tenho mais como evitar a vontade do trabalhador”, lamenta Givancir.
A greve poderia acontecer nessa segunda feira (05), mas como o sindicato tem que obedecer os prazos regimentais da Lei, tipo: assembleia, convocação, edital em jornais e o prazo de 72 horas para o comunicado oficial ao Tribunal do Trabalho, decidiu-se pela greve na quinta feira (08).
O Sindicato envia um aviso aos usuários do sistema: “Peguem carona, se programem porque o sistema vai parar na quinta feira (08), impreterivelmente”. Givancir pede a compreensão dos usuários: “estamos lutando por nossos salários, que estão atrasados há dois anos”, finalisou.
Áudio: o presidente Givancir de Oliveira fala sobre a decisão da greve