
O uso da batata doce como fonte de matéria-prima para produção de etanol no Estado está em andamento na Vicinal 5 do Pólo 3 do Projeto de Assentamento Nova Amazônia, zona rural de Boa Vista. Trata-se de um projeto do Governo do Estado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Amazônia Viva e Associação para o Desenvolvimento Comunitário (Adesco).A previsão é de começar a construir a usina no próximo mês e, nove meses depois, ou seja, em abril de 2016, a previsão é que já se tenham os primeiros litros de etanol produzidos no Estado. O investimento do governo é de R$ 6 milhões. O consultor do Governo do Estado, Neudo Campos, informou que a ideia nasceu de uma parceria com o Incra, em janeiro deste ano, sobre a viabilidade de executar o projeto piloto em Roraima.
Segundo ele, isso pode apresentar um impacto positivo na economia do Estado, principalmente na classe dos pequenos produtores. “O projeto consiste na produção do etanol e na sobra da batata que se converte em ração para peixe e para gado de leite, sem que precise colocar nenhum micronutriente a mais. E o pequeno produtor vai poder vender o etanol e a ração para ter, num primeiro momento, em uma pequena produção de um hectare, um orçamento de R$ 1.200,00 por mês”, disse.
“Existindo a possibilidade de aumentar essa produção para 50 ou 100 hectares, a venda também aumenta e o orçamento familiar pode chegar a mais de R$ 5 mil. Isso nos encanta e o governo de Suely Campos [PP] está apoiando por entender que será uma revolução na economia na parte dos que apresentam hoje uma renda menor. Queremos dar oportunidade a essas pessoas produzirem e ganharem dinheiro”, complementou.
INÍCIO – Neudo Campos informou que a ideia de produzir etanol em Roraima surgiu em conversações na Universidade Federal de Tocantins, que já vem tratando geneticamente a batata doce há algum tempo e chegou a evoluir de modo que a produção é muito maior que a de cana de açúcar.
“Dentro do nosso projeto, a primeira etapa foi trazer as mudas dessa batata para Roraima, que foram multiplicadas pela Embrapa e depois escolhidos os agricultores familiares do PA Nova Amazônia, que serão os primeiros beneficiados”, frisou. (R.R)
(FolhaBV)