A “Sala Oca” promete ser uma alternativa para as artes visuais em Manaus

“O ambiente da Sala Oca serve para ver como a gente percebe o nosso corpo", Felipe Fernandes.

A “Sala Oca” localizada na Rua Duque de Caxias 591, esquina com a Rua Santa Izabel, Praça 14, centro de Manaus abriu as portas aos artistas e a todas as pessoas interessadas na cultura, na sexta feira (16). O novo espaço tem um significado importante na atual crise que atravessa o Brasil onde a cultura é a última coisa na lista dos governantes e promete ser uma alternativa para as artes visuais no Amazonas.


A “Sala Oca” está funcionando nas quartas, quintas e sextas-feiras a partir às 16h, tem exibição de vídeos e segundo informou o artista visual, Cristóvão Coutinho, “hoje estamos apresentando o filme “Aviadores”, de Herbert Broeld, vídeo que trata da realidade da Amazônia contemporânea.

Também é importante a exposição de fotografias pois hoje tudo é digital. Convidamos aos artistas para vir, dialogar e expor o seu trabalho”.

“O ambiente da Sala Oca serve para ver como a gente percebe o nosso corpo”, Felipe Fernandes.

A Professora de Antropologia da Ufam, Lucy Montardo disse “estou achando super legal e quanto mais espaços para a cultura tiver Manaus melhor, hoje mesmo reclamou uma amiga da zona leste de espaços alternativos, pois só tem casa de forro por lá”.

O percussionista, Mauricio Torres, que foi responsável pela música disse “olha o espaço é maravilhoso e estamos vendo a possibilidade de ser um ponto de encontro permanente, esta faltando mais espaços como este para reunir a classe artística”.

O artista visual, Diego Batista responsável por um dos murais explicou que utilizou a técnica de estêncil e apresentou o mimetismo da floresta. “eu acho importantíssimo falar sobre arte contemporânea e um espaço como a Sala Oca garante o encontro dos artistas, precisávamos de um lugar assim na cidade, espaço para expor, ponto de encontro, um lugar como este é fundamental e importantíssimo”.

Artista visual, Cristóvão Coutinho.

Performance ‘Descon/Quorpo’

Felipe Fernandes, artista visual apresentou a performance audiovisual “Descon/Quorpo” e disse “sou artista independente, utilizei vários elementos e noções de configuração, sou design e apresento desta vez elementos surrealistas, são questões do corpo, que coro é este, são camadas políticas, sociais, digitais, transformações e outros que fazem o corpo, tento passar a intimidade”

“O ambiente da Sala Oca serve para ver como a gente percebe o nosso corpo, as vezes com muitas emoções, ansiedades, angustias, amor e outros, tudo o que acontece neste turbilhão que é o mundo em que vivemos”, salientou Felipe Fernandes.

Alternativa para as artes visuais

A “Sala Oca” é curadoria do artista visual, Cristóvão Coutinho, que disse “Na verdade surgiu de muitas conversas da necessidade de um espaço que seja independente em todas as formas, onde as pessoas tenham liberdade de exercer sua opinião, pois em pleno século XXI as pessoas têm todas as liberdades, mas não exercitam, um espaço para trabalhar as artes visuais fundamentalmente, a relação entre as pessoas, a intenção da sala e ser um lugar para conversar sobre qualquer tema, para comer, disfrutar das artes.

O diálogo entre o artista, o curador e as pessoas é um processo que deve ser continuo, nada formal, não da mais para acreditar na institucionalização, pensamos que estamos vivendo numa falta de acesso à cultura”.

(Mercedes Guzmán)

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