Está cada vez mais complicada a relação de trabalho entre as indústrias de montagem de placas eletro-eletrônicas e produtos finais, a Samsung da Amazônia, a Flextronics da Amazônia e os trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM), que vem sendo demitidos às centenas neste final de ano, para terem seus salários reduzidos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, a Flextronics demitiu 400 trabalhadores efetivos e temporários início da semana sem nenhum comunicado ao sindicato, sem pagar direitos trabalhistas e sem respeitar acordos trabalhistas entre as indústrias e o sindicato.
As denúncias de demissões ilegais, descumprimento de Leis trabalhistas, descaso com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), tem sido constante nas duas empresas mais beneficiadas com incentivos fiscais do governo do estado e federal.
A Samsung, por sua vez, ‘inventou a fórmula’ para reduzindo os ganhos salariais dos trabalhadores. Ou seja, ela demite os maiores salários e contrata novamente, por outra empresa, com redução salarial de até R$ 250,00 a menos.
“O jogo da Samsung foi criado pela empresa para burlar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que não permite redução salarial, dentro de uma contratação de trabalho”, aponta Santana.
O sindicalista diz ainda, que as empresas que ajudam a Samsung a burlar a fiscalização, para tentarem reduzir ilegalmente os pagamentos dos impostos estaduais e federal, com terceirizações absurdas, são: Elcoa, Tecplan e Flex.
“Estas empresas já estão na mira do Ministério Público com o Sindicato operando juridicamente para resolver essa questão o mais breve possível”, conclui.