
Manaus continua numa posição vergonhosa em dois serviços básicos: transporte público e saneamento básico, o que para o deputado estadual José Ricardo Wendling (PT) comprova a incompetência do prefeito da capital.
Nessa terça feira (21) os rodoviários paralisaram novamente, deixaram 300 mil passageiros sem transportes, porque 70% dos ônibus ficaram nas garagens; e, nesta terça-feira também foi divulgada a pesquisa do Instituto Trata Brasil em que a capital amazonense ocupa o quinto lugar entre os piores municípios em coleta de esgoto, numa amostragem das 100 maiores cidades do País.

“O sentimento que temos é que Manaus está sem gestor, sem administrador, sem prefeito. Tanto no transporte coletivo como no saneamento básico a cidade tem estado nos piores posições, oferecendo um péssimo serviço. Uma vergonha nacional! Um dia desses a tarifa de ônibus aumentou de R$3,00 para R$ 3,55 (tarifa técnica) e R$ 3,30 (tarifa operacional), esta última paga na catra¬ca, e já estão falando de aumentar mais ainda pra R$3,80, e mesmo assim as empresas continuam penalizando a população e o prefeito nada faz.
A falta de saneamento já resultou na morte de crianças por causa dos bueiros destampados, são 2 mil abertos”, criticou.

José Ricardo acentuou que o transporte recebeu cerca de R$118 milhões (2016) em incentivos fiscais para melhorar a qualidade do serviço como aumento da frota, manutenção dos ônibus, repasse dos direitos trabalhistas, porém, o que o usuário vê diariamente são veículos velhos, e em quantidade insuficiente, além de greves dos rodoviários muitas vezes por atraso nos salários.
O parlamentar lembrou que o vice-prefeito Marcos Rotta disse em entrevista que “a população não poderia ficar refém das empresas de transporte” e que “é necessário investigar em que estes empresários aplicam os recursos repassados pela Prefeitura”, mas os fatos demonstram que as declarações não passam de discursos.
Na área do saneamento básico, o deputado explicou que o serviço é mais precário do que as pessoas percebem, pois engloba segundo Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.455/ 2007), abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, coleta, transporte, tratamento, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, as águas das chuvas.

“A pesquisa do Trata Brasil revelou que 50,3% da população têm acesso à coleta dos esgotos, mas somente 42% dos esgotos são tratados. E pelo contrato com a Manaus Ambiental a concessionária deveria oferecer 71% de cobertura de esgoto, só que até hoje não chega a 15%”, salientou.
No último dia 15, ele protocolou Indicação à Câmara Municipal de Manaus (CMM) para que seja realizada Audiência Pública em conjunto a fim de discutir o reajuste da tarifa do transporte, bem como os incentivos fiscais e subsídios e a planilha de custos.
Cristiane Silveira – assessoria