Sem gestor, Manaus se transforma na 5ª pior cidade do Brasil em serviços básicos

Lixeira viciada na rua na Rua Oscar Borel, no Compensa, em Manaus (Foto: Adneison Severiano G1/AM).

Manaus continua numa posição vergonhosa em dois serviços básicos: transporte público e saneamento básico, o que para o deputado estadual José Ricardo Wendling (PT) comprova a incompetência do prefeito da capital.


Nessa terça feira (21) os rodoviários paralisaram novamente, deixaram 300 mil passageiros sem transportes, porque 70% dos ônibus ficaram nas garagens; e, nesta terça-feira também foi divulgada a pesquisa do Instituto Trata Brasil em que a capital amazonense ocupa o quinto lugar entre os piores municípios em coleta de esgoto, numa amostragem das 100 maiores cidades do País.

Lixeira viciada na rua na Rua Oscar Borel, no Compensa, em Manaus (Foto: Adneison Severiano G1/AM).

“O sentimento que temos é que Manaus está sem gestor, sem administrador, sem prefeito. Tanto no transporte coletivo como no saneamento básico a cidade tem estado nos piores posições, oferecendo um péssimo serviço. Uma vergonha nacional! Um dia desses a tarifa de ônibus aumentou de R$3,00 para R$ 3,55 (tarifa técnica) e R$ 3,30 (tarifa operacional), esta última paga na catra¬ca, e já estão falando de aumentar mais ainda pra R$3,80, e mesmo assim as empresas continuam penalizando a população e o prefeito nada faz.

A falta de saneamento já resultou na morte de crianças por causa dos bueiros destampados, são 2 mil abertos”, criticou.

Barracos de madeira sob o Igarapé do 40, Zona Sul de manaus.

José Ricardo acentuou que o transporte recebeu cerca de R$118 milhões (2016) em incentivos fiscais para melhorar a qualidade do serviço como aumento da frota, manutenção dos ônibus, repasse dos direitos trabalhistas, porém, o que o usuário vê diariamente são veículos velhos, e em quantidade insuficiente, além de greves dos rodoviários muitas vezes por atraso nos salários.

O parlamentar lembrou que o vice-prefeito Marcos Rotta disse em entrevista que “a população não poderia ficar refém das empresas de transporte” e que “é necessário investigar em que estes empresários aplicam os recursos repassados pela Prefeitura”, mas os fatos demonstram que as declarações não passam de discursos.

Na área do saneamento básico, o deputado explicou que o serviço é mais precário do que as pessoas percebem, pois engloba segundo Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.455/ 2007), abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, coleta, transporte, tratamento, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, as águas das chuvas.

Esgoto a céu aberto estão por quase todos os bairros.

“A pesquisa do Trata Brasil revelou que 50,3% da população têm acesso à coleta dos esgotos, mas somente 42% dos esgotos são tratados. E pelo contrato com a Manaus Ambiental a concessionária deveria oferecer 71% de cobertura de esgoto, só que até hoje não chega a 15%”, salientou.

No último dia 15, ele protocolou Indicação à Câmara Municipal de Manaus (CMM) para que seja realizada Audiência Pública em conjunto a fim de discutir o reajuste da tarifa do transporte, bem como os incentivos fiscais e subsídios e a planilha de custos.

Cristiane Silveira – assessoria

 

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