Servidores de diversas categorias como saúde, educação, segurança, entre outros, realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (11) pelas ruas de Porto Velho. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Rondônia (Cut- RO), Célio Alberto Barros, os servidores públicos protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, criada pelo presidente Michel Temer, que prevê o congelamento de investimentos em diversos setores.
Segundo Barros, diversos servidores vieram do interior participar da manifestação na capital. “O movimento se inicia com uma participação massiva da classe. Nosso principal objetivo é protestar contra a PEC 55, pois ela não trata de maneira igualitária os servidores. Caso ela seja aprovada, os salários e investimentos na saúde e educação serão congelados por anos. Quem sai prejudicado com isso é a população”, explicou Barros.
O agente de saúde Quefle Jean Gomes, paralisou o trabalho para participar da manifestação contra a PEC 55. “Nós estamos em um arrocho muito grave, por isso precisamos abrir nossos olhos e lutar pelos nossos direitos. Precisamos que o governo valorize a população que precisa do serviço público”, disse Gomes.
Os manifestantes iniciaram uma passeata às 10h, subiram a Avenida Sete de Setembro, depois a rua Julio de Castilho, seguiram pela Avenida Carlos Gomes e finalizaram a passeata na Avenida Farquar, na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. De acordo com a CUT, os servidores também estão realizando manifestações em Ji-Paraná, Vilhena e Rolim de Moura.
Entenda a PEC que limita gastos
A PEC que limita gastos ficou conhecida como PEC 241 quando tramitou na Câmara dos Deputados. Agora, no Senado, ela é a PEC 55. A proposta é uma das principais apostas do governo de Michel Temer para reequilibrar as contas públicas e viabilizar a recuperação da economia brasileira. Atualmente a dívida bruta supera 70% do PIB e, se os gastos públicos continuarem a subir, pode chegar a 132,5% em 2026.
A PEC prevê um limite anual de despesas para os três poderes ao longo das próximas duas décadas. Se a regra for aprovada, os gastos públicos só poderão aumentar de acordo com a inflação do ano anterior. O projeto foi aprovado em primeiro turno e em segundo turno no plenário da Casa. A proposta ainda será votada no Senado antes de entrar em vigor.
Fonte: Enfoco Notícias
