
A principal bandeira de Beyoncé na música e na turnê “Formation” é a maneira como a questão racial, em tese, se dá no Estados Unidos, principalmente na conturbada relação entre a polícia e cidadãos afro-descendentes.
Em sua apresentação no Super Bowl, a final do futebol americano, assistida por mais de 114 milhões de pessoas no país, a artista fez uma série de referências a ícones da luta pela igualdade racial nos Estados Unidos, como Martin Luther King e as Panteras Negras. Também não poupou a polícia norte-americana, constantemente acusada de abuso em ocorrências envolvendo negros.
De acordo com o blog Hugo Gloss, o ex-prefeito de Nova York Rudolph “Rudy” Giuliani classificou a apresentação como revoltante “por atacar policiais, que são pessoas que a protegem e nos protegem”. “O que deveríamos estar fazendo pela comunidade de afro-americanos, e todas as comunidades, é dar respeito aos policiais. E nos concentrarmos no fato de que quando alguém faz algo errado, okay. Trabalharemos nisso. Mas a maioria dos policiais arriscam as suas vidas para nos manter seguros.”
Em comunicado assinado pelo congressista Peter King, o Partido Republicano afirmou que as pessoas não deveriam ligar para o que Beyoncé pensa “sobre questões sérias da nossa nação”. “Os homens e as mulheres em azul que colocam suas vidas em risco por todos nós merecem nosso apoio incondicional”, sublinhou o partido.
Ao jornal The Sun, o político canadense Jim Karygiannis chegou a sugerir que a apresentação da cantora no país, no dia 25 de maio, fosse cancelada. “Talvez o ministro John McCallum deva investigá-la primeiro. Se alguém usa aquele tipo de vestimenta e apoia um grupo de raciais, essa pessoa não pode ser bem-vinda no país, não há sombra de dúvidas disso.”
(NOTÍCIAS AO MINUTO)