Sindicato da Saúde destitui toda diretoria e pode declarar Greve Geral

Por estarem há 10 anos sem reajuste salarial, comissão do Sindsaúde se reuniu para destituiu a atual diretoria da instituição – foto: divulgação

Por unanimidade, servidores da Saúde votaram pela destituição da atual diretoria do Sindicato dos Profissionais da Saúde do Amazonas (Sindsaúde – AM). A votação aconteceu nesse sábado (31), em uma Assembleia Geral Extraordinária, convocada pela categoria no Clube Cassam, no bairro São Lázaro, zona sul de Manaus.
Os servidores reclamam que o Sindsaúde tem deixado seus sindicalizados a própria sorte e não tem lutado pelos direitos da classe, o que tem causado perdas irreparáveis para os trabalhadores da área de saúde.


Por estarem há 10 anos sem reajuste salarial, comissão do Sindsaúde se reuniu para destituiu a atual diretoria da instituição – foto: divulgação

Uma das representantes do Grupo Saúde AM, Adelice Andrade, explica que a votação segue as regras do estatuto do próprio sindicato, que pede a convocação de uma Assembleia Geral para decidir se vai ou não, destituir a diretoria. “Fizemos no prazo estabelecido e, por unanimidade, os trabalhadores da saúde votaram pela retirada da presidente e de toda sua diretoria, que é totalmente inoperante e não luta pela categoria”, afirma.

Uma Junta Governativa provisória assumirá o sindicato e logo após, será convocada uma outra Assembleia Geral para realizar uma nova eleição e, assim eleger uma diretoria que defenda, de fato, os interesses dos servidores. “O engraçado é que quando souberam da reunião rapidamente a direção disse que estava em uma mesa de negociação com o governo. Mas a verdade, é que este sindicato sempre esteve do lado do patrão e, por isso, não é digno de ficar representando a categoria”, frisou.

Adelice Andrade é uma das três representantes eleitas a assumir a Junta Governativa Provisória, que ficará a frente do Sidsaúde por três meses.

“Lutamos para que os servidores da categoria tenham um grupo que lute por seus direitos, como uma aposentadoria digna, justamente pra ele que é o pilar da saúde. E não podemos continuar com esse descanso e vamos cobrar do atual governo do Estado, que embora tenha chegado agora, terá que nos dar uma posição sobre os problemas apresentados”, finalizou Adelice.

De acordo com Aldelice, os servidores da Saúde estão a 10 anos sem reajuste salarial, sem quatro datas-base e sete anos sem promoção pelo Plano de Cargos e Carreiras.
Se não houver acordo, os servidores prometem deflagrar greve geral. O Sindsaúde representa 22 mil servidores da ativa e 15 mil aposentados.

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