Devido às constantes ameaças aos servidores, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep-AM), está solicitando, via ofício, ao ministro da justiça, Anderson Torres, gestão nas bases da Fundação Nacional do Índio (Funai). O documento também será enviado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores no Congresso Nacional, ao Ministério Público Federal (MPF) e Ministério da Casa Civil.
No ofício, o Sindsep-AM pede providências imediatas e solicita “uma força tarefa para os municípios do alto rio Solimões, com o intuito de reforçar a segurança pública, garantindo a vida e a integridade física dos servidores”.
Desde a última segunda-feira (4), os servidores da Funai no Vale do Javari, em Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus) trabalham de portas fechadas. Isso porque, no dia 1º de julho, uma área restrita do órgão foi invadida por dois colombianos que perguntaram a uma servidora como Dom Phillips foi morto, além de pedirem mapas da terra indígena.
Os servidores estão realizando apenas o trabalho interno, sem atendimento externo. Os colombianos que foram lá não quiseram dizer o motivo da “visita” e nem se identificaram.
O pedido de segurança e proteção não se limita à coordenação regional da Funai no Vale do Javari, pois as ameaças aos trabalhadores se estendem também a outras unidades do órgão no Estado. Documento revelado pelo site Metrópoles, em junho, aponta que servidores no alto e médio rio Solimões sofrem constantes ameaças por parte de ‘piratas’, “grupos fortemente armados que saqueiam embarcações e colocam em risco a vida da população indígena e ribeirinha” na região.
