
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou, nesta quarta-feira (16), o julgamento envolvendo o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), acusado de irregularidades na compra e transporte de respiradores durante a pandemia de Covid-19. As acusações abrangem superfaturamento e transporte inadequado de equipamentos essenciais, que teriam colocado a população em risco.
Um dos processos em andamento alega que os respiradores foram adquiridos em uma loja de vinhos, levantando suspeitas sobre a legalidade e a transparência da transação. Embora a denúncia tenha sido acolhida por unanimidade pelo STJ, o processo está paralisado há mais de dois anos sem avanços significativos.
O ministro Francisco Falcão, que anteriormente afirmou que não havia perspectiva de prisão para Lima, agora revisita as evidências. Falcão sugere que Wilson Lima teria liderado uma organização que conduziu as compras irregulares, com documentos apreendidos reforçando seu envolvimento direto no processo. Durante o julgamento, a análise foi interrompida pelo pedido de vistas do ministro João Otávio de Noronha, após votos favoráveis à aceitação da denúncia. No entanto, cinco ministros votaram pela rejeição. A continuidade do julgamento depende agora da devolução do pedido de vistas, ainda sem data definida para retorno à pauta do STJ.