Subsecretário municipal disse que usa “banco de horas” para fazer protesto

Subsecretário municipal do Trabalho, Vicente Filizzola.
Subsecretário municipal do Trabalho, Vicente Filizzola.

O subsecretário municipal do Trabalho, Vicente Filizzola, negou as informações de que estaria fazendo manifestações em horário de expediente (às 09 horas da manhã) e que também obrigou trabalhadores de cargos comissionados a seguir ele nos protestos, quando o certo era atender pessoas na sede municipal do Serviço Nacional de Empregos (Sine), nesse horário. De acordo com ele, que também é presidente da central trabalhista Força Sindical, as denúncias são maldosas e não condizem com a realidade.
Filizzola disse que estava protestando contra as medidas do governo federal, que acha injusta com os trabalhadores, mas dentro da normalidade. O sindicalista e subsecretário municipal, garantiu que tem “horas trabalhadas de sobra” na prefeitura. “Eu entro às 05 horas da manhã e saio tarde. As 04 horas que sobram do expediente, guardo como reserva para usar em movimentos dos trabalhadores”, justificou.


Filizzola usa banco de horas para fazer protestos nas ruas.
Filizzola disse que usa banco de horas para fazer protestos nas ruas.

As horas de trabalho além do expediente são utilizadas por algumas empresas como “Banco de Horas”, que servem para compensar atrasos, faltas ou folgas no trabalho. Essa prática é bastante combatida por sindicatos de trabalhadores em todo o Brasil. Mas o subsecretário da Semtrad/Sine Manaus, acha normal e pratica. Ele já consultou a constituição e disse que pode haver acumulo de funções desde que uma não interceda na outra. Daí ele ter optado pelo “Banco de Horas”.
Filizzola disse ainda, que ontem (03), estava na porta da empresa LG no Distrito Industrial, às 07 horas da manhã, mas antes tinha passado pelo Sine. Às 09 horas ele ainda estava na porta de fábrica, voltando para o Sine na hora do almoço. Como existe uma campanha em curso, para eleições ainda não marcadas para o Sindicato dos Metalúrgicos, Vicente Filizzola ainda terá que gastar muitas horas da sua reserva diária, até concluir o processo eleitoral trabalhista.
O preocupante é se os outros secretários também resolverem praticar o Banco de Horas. Aí a Prefeitura que já não anda bem das pernas nessa administração, vai comprometer ainda mais os serviços de atendimento à população, o saneamento, saúde, educação, transportes, infraestrutura e, tantos outros estarão definitivamente paralisados.

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1 COMENTÁRIO

  1. Esses estão doidos e com muita raiva, nâo pensem que eu tenho medo, trabalho muito e estamos revolucionando o SINE MANAUS, batendo todos os records. O resto é inveja. Meus compromissos são claros é com a classe trabalhadora.

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