O Secretário da SEPLANCTI, Thomaz Nogueira pintou um quadro sombrio sobre a economia do Amazonas na noite de ontem (segunda feira), em reunião com lideranças empresariais e sindicais participantes das Camaras Setoriais do comércio, indústria e agropecuária. Embora a reforma administrativa venha sendo discutida desde o ano passado, somente ontem foi apresentado um organograma de como funcionará a atual Secretaria.
Entre as muitas afirmativas e promessas, não se falou em Parcerias Público Privadas PPs nem sobre a continuidade do Plano Estratégico 2030, que faz parte do programa de governo do professor José Melo, cuja revista foi distribuída aos presentes, mas que não recebeu nenhum comentário da nova equipe da SEPLANCTI.
Desde o ano passado o trabalho da antiga SEPLAN apresentou um documento com as prioridades e diretrizes estudadas com cerca de 110 instiuições cientificas, sociais e empresariais da sociedade e de Estados vizinhos. Teme-se que esse trabalho, o Plano Estrategico de Desenvolvimento do Amazonas 2030 seja engavetado e se recomece outro, quando a estrutura de planejamento já foi executada.
Plunct, Plactzon, não vai a lugar nenhum.
Thomaz Nogueira não gosta do nome SEPLANCT (acha parecido com Plunct, Plactzon, do Raul Seixas), prefere SEPLAN – CTI, uma ironia para depois traçar um cenário sombrio da economia local baseada nos indicadores do Relatório Focus do Banco Central ou das análises econômicas que apostam nos piores indicadores para esse ano.
Thomaz Nogueira disse estar preocupado com a taxa de cambio, especialmente com sua volatilidade, o desemprego, taxas de juros em torno de 13,25%. Sua visão é a mais extrema embora a realidade mostre que o dólar não chegou aos 4,00 reais como afiançavam os apocalípticos da economia, considerando que em março o país voltou a gerar empregos em centros consumidores como Rio de Janeiro, São e Paraná, o comércio atacadista também tenha registrado crescimento de 14,19% e a balança comercial do Brasil tenha um superávit de U$ 58 mi, saindo da situação dos primeiros meses.
O secretário da SEPLANCTI diz que a situação do Amazonas é mais grave que imaginava a equipe econômica do governador José Melo. A queda de receita acendeu a luz vermelha, e na esteira dos acontecimentos de hoje (28) comece a desencadear algumas manifestações da área de segurança e educação no Amazonas.
O humor do mercado também não é dos melhores, tanto de empresários e consumidores, a produção caiu e o consumo retraiu, e afetou diretamente os empregos no Polo Industrial de Manaus, mas, antes mesmo da Copa do Mundo, o default da Argentina já ameaçava quase 30% das exportações de eletroeletrônicos do PIM. Isso já era de conhecimento público, portanto, não há porque ter supresas.
Fortalecendo o dialogo
As Camaras Setoriais reúnem lideranças empresariais e sindicais da economia local e Thomaz aposta nesse dialogo direto para criar um clima favorável a uma estratégia de enxugamento da máquina administrativa. Disse que o governo estuda fazer auditoria na folha de pagamento do Estado e com isso economizar mais ou menos 310 milhões de reais.
Nessa auditoria possivelmente o Estado vai encontrar o que todos já sabem: pessoas que recebem sem trabalhar, apaniguados em cargos sem devida competência técnica, cotas partidárias e políticas que transformaram o Amazonas em uma grande empresa a favor de alguns e em detretimento da sociedade.
Polo Industrial é grande prioridade
Disse Thomaz Nogueira que a grande prioridade é ainda o Polo Industrial de Manaus e que no momento o governo trava uma luta pela convalidação do ICMS na guerra fiscal entre Estados que podem trazer ganhos para o Amazonas.
Além do ICMS o secretario diz que é necessário também rever a política tributária para as empresas instaladas no Distrito Industrial, considerando que benefícios e Processos Produtivos Básicos não estão adequados para pós 2023. Outra mudança induzida, pela legislação estadual seria de leis de amparo a Pesquisa & Desenvolvimento _ P&D, trazendo para essa nova modalidade empresas de duas rodas e outros setores, além dos bens de informática.
Thomaz enfatizou no entanto , que há planos para o que chama de cidades polos de desenvolvimento, embora não tenha indicado quais cidades seriam privilegiadas.
Organograma
Apresentado de forma sucinta o novo organograma da recém criada SEPLANCT não esclareceu muito, especialmente no setor mineral, geodiversidade e recursos hídricos.
Há convênios especialmente para a área de setores hídricos que foram formulados ano passado e que aguardam decisões para entrar no caixa do governo, que anda sem dinheiro no cofre.
Contudo, funcionários da ex-secretario não sabem qual será o futuro desses projetos.
Acho no meu entendimento, que já está passando da hora, de o secretário THOMAS NOGUEIRA, botar a mão na massa, e mostrar serviço uma vez que o mesmo nem sequer tem agenda, não recebe ninguém, seus sub – secretários atendem mais na SEFAZ do que na SEPLAN CTS-SENAI, o comentário interno e de incertezas, ninguém sabe o dia de amanhã. o nobre secretário tem que avisar aos subordinados, que eles foram indicados na SEPLAN XT. E não Se faz de onde eles dão expediente diretos. Não me decepcione senhor THOMAS NOGUEIRA.