Traficante foi executado como queima de arquivo após morte de meninos de Belford Roxo

Meninos apareceram nas imagens em rua de Belford Roxo — Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio informou que o chefe do tráfico da comunidade Castelar, em Belford Roxo, pediu autorização para matar os meninos para o chefe da facção, mas não disse que se tratava de crianças.


As investigações mostraram que, depois da morte dos meninos, Willer da Silva, o Estala, foi executado no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, como queima de arquivo.

“Os traficantes do Castelar mataram essas crianças autorizados pela cúpula da facção criminosa. O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias que estavam presas, do tráfico, para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças”, explicou o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski.

Os meninos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, que desapareceram em Belford Roxo na Baixada Fluminense, em dezembro do ano passado. Segundo a polícia, a repercussão do crime não agradou outros integrantes da facção criminosa.

Crianças Belford Roxo — Foto: Reprodução

Traficante ‘Abelha’ saiu da cadeia pela porta da frente

A morte dele foi ordenada por Wilton Quintanilha, o Abelha, outro chefe da mesma facção criminosa que estava preso. A execução aconteceu depois que a polícia começou a avançar nas investigações. Ainda segundo a polícia, a morte das crianças foi por causa do furto de passarinhos.

A Polícia Federal afirmou que Abelha saiu pela porta da frente da cadeia, beneficiado pelo esquema de corrupção na Secretaria de Administração Penitenciária comandado pelo então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro.

Desaparecimento

Os meninos sumiram no dia 27 de dezembro do ano passado. Em janeiro deste ano, parentes dos meninos levaram um homem à delegacia. As famílias acusaram o rapaz pelo sumiço.

Mas os investigadores afirmaram que ele era inocente, e foi vítima de uma notícia falsa. Em março, o Ministério Público do Rio encontrou imagens de câmeras de segurança que mostravam os meninos passando por uma rua, perto de uma feira. Eram as últimas imagens deles antes do desaparecimento.

G1

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