Três meses depois da promessa do governador Amazonino Mendes (PDT) de que ia liberar R$ 14 milhões para a recuperação das vias públicas, com a operação tapa buracos em toda a cidade de Rio Preto da Eva, o prefeito Anderson Sousa (Pros) parece ter desistido de esperar e vai iniciar o trabalho, nessa terça feira (19), com recursos da própria prefeitura.
Assim como fez em Parintins, prometendo R$ 50 Milhões, em Coari R$ 13 Milhões e mais R$ 2 Milhões para compra de lâmpadas de Led, agora nesse final de semana, Amazonino fez o mesmo durante as comemorações do Aniversário de Rio Preto da Eva, dia 31 de março, assim como fez em vários municípios do Estado, entre eles, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão e em vários outros do Estado. O governador esteve na cidade de Rio Preto, no dia 1º de Abril, garantindo que o município seria totalmente pavimentado e, também anunciou investimentos no primeiro setor, laranja e piscicultura.
Desde então, nada. Os R$ 14 milhões prometidos transformou-se em R$ 2 Milhões, segundo informações de membros da secretaria de finanças. Mas é o que o prefeito ainda pode contar, talvez, ainda para esse ano.
Prestando conta
Tendo que prestar conta para a população, e sem os recursos prometidos pelo governo, o prefeito Anderson Sousa recorre agora à emenda parlamentar de R$ 10 Milhões, aprovada pelo deputado Átila Lins (PP), específica para recuperação asfáltica e pavimentação de Rio Preto. A tramitação de papéis para a liberação dos recursos já está em fase bem adiantada.
Estratégia política
Outros municípios também passam pelo mesmo problema. Iranduba está se afundando em buracos. O distrito do Cacau Pirêra está intransitável. Manacapuru, Novo Airão estão, inclusive, com suas vias de acesso à cidade levando perigo de morte aos motoristas.
Mas, para analistas políticos, no entanto, liberar recurso agora seria um erro de estratégia. Amazonino vai empurrar a liberação de verbas e serviços das “empresas com dispensa de licitação” para bem próximo das eleições. Algo em torno de 45 a 60 dia antes do pleito.
Se Amazonino repassar recursos agora, os prefeitos farão recapeamento da ruas de imediato. Daqui a três meses a população já esqueceu que foi o Amazonino quem liberou o dinheiro. Ou seja, a velha política dos anos 80 sendo colocada para a apreciação do Ministério Público (MP) e, talvez, quem sabe, aos interesses do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ainda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).