Vereador sugere criação de aplicativo para detectar focos do aedes aegypti

Marcelo Serafim, visita comunidades, em riscos/Foto: Adriane Oliveira

Preocupado com os rumos tomados pela Saúde Pública no país, em especial, em relação aos focos de proliferação do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e do vírus zika, o vereador Marcelo Serafim, que é Mestre em Saúde Sociedade e Endemias da Amazônia, está sugerindo a criação de um aplicativo para celular, com objetivo de alertar quais são as áreas de risco do crescimento do mosquito transmissor da doença.
O parlamentar sugere as prefeituras e estados que contratem um especialista em informática para desenvolver um “aplicativo” para IOS e Android, pois, assim, a população poderá indicar onde estão os focos do mosquito. “É algo simples, onde indicaríamos através da nossa localização, via celular, os focos de proliferação do mosquito utilizando as cores. Nas áreas com cores laranja e vermelho, por exemplo, a prefeitura e o Estado intensificariam suas ações de combate, diminuindo assim a proliferação do mosquito e os riscos para a saúde pública”, explicou. De acordo com Marcelo Serafim, seria importante fazer ampla divulgação e sensibilização da população, através de uma campanha.  “O combate é uma ação simples e ao mesmo tempo difícil. Complicada porque a maioria dos focos está dentro das casas e via de regra o brasileiro costumar ser relaxado, displicente e negligente nesse quesito“, alertou.


Para o parlamentar, estas ações de prevenção são fundamentais já que o vírus zika é transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o aedes aegypti, e há indícios da relação da infecção pelo zika e o desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré – doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular – que em alguns casos pode ser fatal. Geralmente ela é diagnosticada após algumas semanas de uma infecção viral como dengue ou zika Vírus, por exemplo. “É gravíssimo, pois essa síndrome tem um custo elevadíssimo de tratamento e se tivermos uma “epidemia” no Brasil duvido da capacidade do nosso país para tratar seus doentes agravando, ainda mais, a situação da saúde pública, tendo em vista, que dois dos tratamentos recomendados: A Plasmaferese e a administração de altas doses de imunoglobulina são tratamentos de elevadíssimo custo hospitalar, os quais não caberão nos orçamentos dos estados e municípios brasileiros que estão se empenhando para tentar diminuir a proliferação do vírus.”, explicou Marcelo Serafim.

Fiscalização

Segundo Marcelo Serafim, é importante que cada pessoa passe a verificar, semanalmente, se há focos de proliferação em sua residência de focos do mosquito transmissor da dengue e do vírus zika.  “Água parada é o inimigo e sabemos onde vamos encontra-la, em garrafas, jardins, vasos, pneus, calhas, entre outros pontos de proliferação. Fiscalizar é uma obrigação de todos e peço que cada morador de Manaus participe desta luta que não é apenas do poder público, mas de todos”, disse Marcelo Serafim, que também é farmacêutico concursado do Hospital Universitário Getúlio Vargas e da Secretaria Municipal de Saúde.

Os lugares propícios à proliferação do mosquito/Foto: Adriane Olivera
                               Os lugares propícios à proliferação do mosquito/Foto: Adriane Oliveira
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