Vereadores reprovam paralisação de trabalhadores da Construção Civil

Foto: Tiago Correa

A manifestação liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, na manhã desta terça-feira (22), teve repercussão negativa por parte de alguns parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que reprovaram a ação por ter provocado engarrafamentos quilométricos nas principais vias de acesso comprometendo a mobilidade urbana.


Primeiro a criticar a paralisação, o presidente da Casa Legislativa, Wilker Barreto (PHS), ocupou a tribuna e lamentou os transtornos causados pelos manifestantes, principalmente, pela falta de respeito ao direito de ir e vir das pessoas e por inviabilizar o fluxo dos veículos nas vias de acesso a hospitais e prontos socorros da cidade.

Foto: Tiago Correa

“O interesse da cidade deve estar acima de qualquer interesse, seja qual for a categoria. Hoje, a cidade acordou com esse transtorno no trânsito injustificável. Defendo o direito de greve, mas tirar o direito de ir e vir das pessoas, extrapola todas as prerrogativas legais”, lamentou o vereador.

Na ocasião, o parlamentar fez apelo a todos os segmentos e sindicatos para que os manifestos sejam feitos de forma ordeira, sem prejudicar a mobilidade urbana da cidade, sem interferir no trajeto da população, que muitas vezes, tem pressa de um atendimento à saúde, de uma entrevista de emprego, da realização de um exame agendado, entre outros interesses imprescindíveis, que deixaram de ser realizados por conta de uma ação improvisada.

Foto: Tiago Correa

“Nesse momento pessoas poderiam estar entre a vida e a morte tentando chegar a um hospital para atendimento de urgência. Temos o oficio de zelar pela cidade e discutir aqui no plenário os manifestos de qualquer categoria, mediados pelos parlamentares. Quando nos tornamos vereador, os interesses da cidade devem estar acima dos nossos interesses e de áreas que defendemos. Não sou a favor do patronal que massacra o trabalhador, mas quando passa por cima do direito de ir e vir de uma cidade, que já sofre com a mobilidade urbana, não tem justificativa”, destacou Wilker.

Na mesma linha, o vereador Wallace Oliveira (PODE) disse que mobilizações como essas estão banalizando a cidade e os prejuízos causados pelos manifestos devem ter relevância. “Pessoas poderiam perder a vida por conta da mobilização. Daqui a pouco uma briga de vizinhos vai interromper uma via”, questionou o vereador.

Foto: Tiago Correa

O mesmo defendeu Roberto Sabino (PROS), ao lamentar que o fato esteja virando “moda” em Manaus. Para ele, medidas necessárias devem ser tomadas para impedir tais manifestações que prejudicam o dia a dia da população. “É necessário intervenção da Câmara Federal. Que se crie leis para coibir ações como essa”, frisou Sabino.

O líder do prefeito na CMM, vereador Joelson Silva (PSC) também demonstrou preocupação com os reflexos negativos desse tipo de mobilização para a cidade. “É preciso ter equilíbrio nas manifestações, sem prejudicar aqueles que precisam chegar ao seu destino”, completou.

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