24 de Junho : Dia de São João – Por Raimunda Gil Schaeken

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

A Igreja católica celebra hoje o nascimento de João Batista. É filho de Zacarias e Isabel. O menino será “chamado profeta do altíssimo” (cf. Lucas1,76). O profeta não é apenas o anunciador do futuro, mas o portador da palavra de Deus e a testemunha dessa Palavra criadora no mundo.


É aquele que vem preparar o caminho do Senhor e indicar o verdadeiro caminho a seguir (cf. Lucas 3,4), mesmo que tenha de morrer pela verdade e a justiça como fez João Batista, denunciando o caso que Herodes tinha com a mulher de seu irmão Felipe (cf. Mt 14,3-5 e Lucas 3,19), mas também anunciava a conversão. Por causa de tão grande testemunho se festeja São João.

Poucos sabem, mas a tradição diz que Zacarias e Isabel, os pais de São João, na alegria de terem um filho na velhice, anunciaram, no alto da montanha, o nascimento do menino João, através de uma bela fogueira. Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista. Nossa Senhora então perguntou:
– Como poderei saber do nascimento dessa criança?
– Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia, Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista. Isso se deu no dia 24 de junho. Este é o motivo da presença das tradicionais fogueiras nos festejos juninos.

Quanto às comemorações juninas, tal como as que conhecemos hoje, com fogueiras, balões, bombas, fogos, comidas na brasa e bebidas quentes, sua origem é incerta. Parece que a Festa de São João, ainda nos primeiros séculos da era cristã, sofreu a influência de festas bárbaras e pagãs, acreditando muitos historiadores que as fogueiras e a queima de fogos tinham por finalidade “afugentar os maus espíritos”, propiciando boas colheitas na agricultura. É fora de dúvida que as festas de São João começaram nos campos e nas plantações. Daí o caráter com que ainda se apresentam hoje, nas cidades brasileiras, com os homens fantasiados de caipiras e as moças vestidas como sinhazinhas da roça. Tais festas, representando a antiga vida do campo no Brasil, com o “casamento na roça”, “o cortejo”, o “discurso do padrinho”, a “capelinha”, a “cadeia” etc., nada mais têm do antigo caráter religioso, mas são bem aceitas pela Igreja, porque reverenciam a memória de São João Batista e se revestem de imensa poesia, inocência e ternura. São, hoje, uma das nossas poucas e raras tradições, que devemos vivamente cultivar, tal como fazem nossas escolas, e desenvolver mais ainda, no seio das nossas comunidades.

Precisamos apenas advertir aos organizadores de festejos, às autoridades e, em especial, aos dignos professores, contra o terrível mal de “soltar balões”, que tem sido o responsável por centenas e centenas de incêndios nas casas e principalmente nas matas, causando enormes prejuízos.(Raimunda Gil Schaeken é tefeense, professora aposentada, católica praticante, e membro titular da Associação dos Escritores do Amazonas-ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas-ALCEAR.)

24 de Junho : Dia de São João

A Igreja católica celebra hoje o nascimento de João Batista. É filho de Zacarias e Isabel. O menino será “chamado profeta do altíssimo” (cf. Lucas1,76). O profeta não é apenas o anunciador do futuro, mas o portador da palavra de Deus e a testemunha dessa Palavra criadora no mundo. É aquele que vem preparar o caminho do Senhor e indicar o verdadeiro caminho a seguir (cf. Lucas 3,4), mesmo que tenha de morrer pela verdade e a justiça como fez João Batista, denunciando o caso que Herodes tinha com a mulher de seu irmão Felipe (cf. Mt 14,3-5 e Lucas 3,19), mas também anunciava a conversão. Por causa de tão grande testemunho se festeja São João.

Poucos sabem, mas a tradição diz que Zacarias e Isabel, os pais de São João, na alegria de terem um filho na velhice, anunciaram, no alto da montanha, o nascimento do menino João, através de uma bela fogueira. Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista. Nossa Senhora então perguntou:
– Como poderei saber do nascimento dessa criança?
– Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.

Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia, Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista. Isso se deu no dia 24 de junho. Este é o motivo da presença das tradicionais fogueiras nos festejos juninos.

Quanto às comemorações juninas, tal como as que conhecemos hoje, com fogueiras, balões, bombas, fogos, comidas na brasa e bebidas quentes, sua origem é incerta. Parece que a Festa de São João, ainda nos primeiros séculos da era cristã, sofreu a influência de festas bárbaras e pagãs, acreditando muitos historiadores que as fogueiras e a queima de fogos tinham por finalidade “afugentar os maus espíritos”, propiciando boas colheitas na agricultura. É fora de dúvida que as festas de São João começaram nos campos e nas plantações. Daí o caráter com que ainda se apresentam hoje, nas cidades brasileiras, com os homens fantasiados de caipiras e as moças vestidas como sinhazinhas da roça. Tais festas, representando a antiga vida do campo no Brasil, com o “casamento na roça”, “o cortejo”, o “discurso do padrinho”, a “capelinha”, a “cadeia” etc., nada mais têm do antigo caráter religioso, mas são bem aceitas pela Igreja, porque reverenciam a memória de São João Batista e se revestem de imensa poesia, inocência e ternura. São, hoje, uma das nossas poucas e raras tradições, que devemos vivamente cultivar, tal como fazem nossas escolas, e desenvolver mais ainda, no seio das nossas comunidades.

Precisamos apenas advertir aos organizadores de festejos, às autoridades e, em especial, aos dignos professores, contra o terrível mal de “soltar balões”, que tem sido o responsável por centenas e centenas de incêndios nas casas e principalmente nas matas, causando enormes prejuízos.(Raimunda Gil Schaeken é tefeense, professora aposentada, católica praticante, e membro titular da Associação dos Escritores do Amazonas-ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas-ALCEAR.)

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