Quando um protopensamento se integra, um disparo de ativação passa a influenciar um indivíduo para que ele siga uma trilha na forma de um fluxo de informações combinantes. O questionamento que se sugere é saber qual o critério de disparo gerador do fluxo de pensamentos que faz um indivíduo seguir uma linha de raciocínio?
Quando um fenômeno de elição surge a partir de uma fixação de mais de uma impressão física, um instanciamento cerebral é alocado e fica à espera de um comando de disparo, no qual fará com que as cargas excedentes circulem pelas saídas efetoras que coordenam a necessidade de correspondência reativa.
O que cognitivamente se chama de vontade é uma fixação que um sentido de gozo a faz manter por mais tempo um estímulo aprisionado, de forma que ele sirva de dique para represar o suficiente a energia que está contida dentro do instanciamento, que o interesse ou curiosidade gera um repercutir na via. Porém, o cérebro é uma estrutura dinâmica e ao mesmo tempo vários protopensamentos estão dispostos a serem lançados via ativamento pelo intelecto.
Este tempo adicional que se fixa a força é suficiente para determinar o sentido do fluxo no qual os pensamentos devam se combinar e interagir entre si.
O sistema nervoso atua com um excedente de energia que deve ser gasto com expressões motoras ou psíquicas. E toda vez que um circuito neural é instanciado, a pulsão acumula uma carga de energia em alguns vórtices específicos do corpo humano esperando as coordenadas de disparo para que o indivíduo possa realizar a ação que corresponda uma expressão que irá resolver um problema, ou seja, uma demanda que parte do ambiente para que o indivíduo volte a sua condição de inércia, ou homeostase.
O disparo procura circular por vias que apresentam menor resistência, de forma que a seletividade da afetação irá determinar os mecanismos que aproximam ou afastam indivíduos dos fatores evolutivos, no qual as pessoas mais aptas tenderão a manifestar comportamentos que irão ampliar o sentido do estado de conservação dos corpos. E as pessoas que se guiarem cognitivamente por vias mais destrutivas irão se aproximar de comportamentos que aproximam os indivíduos de seu auto aniquilação.
Se o caminho cognitivo de menor resistência não encontra obstáculos enquanto novos protopensamentos são escalados a atuar dentro do mental de um indivíduo, o processamento cerebral adota um sentido contínuo em torno dos instanciamentos ativados encaixando impressões físicas que partem do ambiente como enredo para situar o sujeito dentro de sua morfologia de pensamentos.
Essa contextualização topográfica em torno do condicionamento de um indivíduo frente a um instanciamento neural é a base para que a percepção não fique descolada da realidade ambiental. No qual as impressões internas dentro de um fenômeno de elição têm coordenadas internas e impressões recém capturadas de movimentos externos, que permitem um indivíduo se situar dentro do contexto ao qual sua “atuação” está imersa.
Uma vez que o protopensamento está fundido e se tornou integral dentro da mente humana, uma protofantasia bem sutil é liberada. A protofantasia não tem carga suficiente para carregar a reatividade de uma pessoa, a menos que se retenha por mais tempo dentro da préilusão que fabrica um sentido de satisfação que irá canalizar como uma bússola o sentido reativo que melhor sinaliza um caminho menos resistivo para o funcionamento cerebral. Porém, nem sempre a primeira protofantasia que surge na mente de um indivíduo é o sentido lógico que esta bússola imaginária deva perseguir como meta o reforço sobre o protopensamento para se guiar na direção desejada em que o estímulo deva ser guiado dentro do sistema nervoso.
Quando um pensamento é ativado em virtude das protoilusões iniciais o indivíduo faz manifestar sobre si, num funcionamento natural da aquisição de estímulos, a característica modal que probabilisticamente coexiste uma predisposição para se deixar influenciar pelos movimentos externos.
Porém, quando o indivíduo ao instanciar um circuito neural coloca como isca um protopensamento no qual está sujeito a lei da atração e reatividade a desencadear um fluxo de atividades psíquicas e motoras, sabe aguardar por alternativas e escolhas de processamento do seu modelo cognitivo, então poderá localizar em sua gestão mental aquele movimento reativo que melhor represente o sentido de otimização de sua percepção para corresponder à realidade que esteja incorporada. No qual o fator de influência probabilística poderá viciar o indivíduo a um tipo de afetação do regramento ao qual suas experimentações o condicionaram a repercutir o seu comportamento social que conforme avolumam suas experiências passa a ficar cada vez mais robotizado.
O evento do surgimento do protopensamento, protofantasia e pensamento ocorre de forma rápida no qual a liberação de carga da etapa de formação do protopensamento é um evento somático, dinâmico e cinético, que uma vez integral libera uma carga residual, sutil e mecânica que conduz a protofantasia, geralmente imagética, esta última se não encontra barreiras o organismo humano libera cargas maiores de energia nesta direção onde o intelecto é ativado dentro da mente humana e os pensamentos surgem como sendo expressão da vontade de um indivíduo.
Porém, se de uma protofantasia é observada uma resistência, essa resistividade é suficiente para bloquear o sentido de influência psíquica sobre o indivíduo, no qual o surgimento de outra protofantasia de sentido adverso possa repercutir o vínculo no instanciamento com a lógica de raciocínio que deva ser apropriado para que o pensamento venha a repercutir no intelecto do indivíduo dentro do eixo idealizado.
As relações do timer dinâmicas, entre o protopensamento, protofantasia e pensamento irão depender das necessidades que devem ser despertadas como modelo reativo a fim de corresponder a uma demanda ambiental.
Fraternalmente,
Max Diniz Cruzeiro