
Os diretores do Sindicato dos Rodoviários confirmaram que apoiam o diretor presidente do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Vinícius Diniz, na apreensão dos ônibus irregulares, mas não apoio incondicional, conforme foi divulgado através de release da assessoria de imprensa do órgão.
Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir de Oliveira, um apoio incondicional ao diretor do Detran, implicaria em muitas demissões de trabalhadores do sistema e o Sindicato não está querendo avalizar esse risco.
“Sou a favor de tudo que é legal. A favor de fiscalizações rigorosa, mas uma possível apreensão em massa causaria muitos desempregos”, justificou Givancir.

De acordo com o sindicalista, os 36 ônibus apreendidos pelo Detran deixaram 200 trabalhadores parados nas garagens. Todos correndo o risco de serem demitidos. “Se o Detran apreender mais 100, conforme anunciado, serão mais de 600 trabalhadores parados nas garagens e as empresas sem condições de faturar para quitar os pagamentos”, avalia.
As empresas não estão conseguindo regularizar o pagamento do INSS, do FGTS, pagamento dos salários em dia. Com mais apreensões, certamente não vão conseguir pagar o parqueamento, as multas, o IPVA, as taxas do Detran. “Como é que vão faturar com 100 carros apreendidos”, questiona o presidente do Sindicato dos trabalhadores.
Givancir disse que hoje o que mais se fala nas portas das garagens é em demissões por causa do arroxo do Detran às empresas. “Essa é uma picuinha do prefeito com órgão do governo, que tem ser resolvida entre eles, porque senão, quem vai pagar o pato é a população e os trabalhadores”, finalizou.