Rússia intensifica ofensivas e bombardeia oeste da Ucrânia

Bombardeio deixou 22 feridos - Foto: Aris Messinis/AFP

A Rússia anunciou neste domingo (12) que destruiu um grande depósito de armas fornecidas pelos Estados Unidos e os países europeus no oeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que intensificou a ofensiva no leste em uma batalha crucial por Severodonetsk, onde as tropas ucranianas enfrentam dificuldades.


Um bombardeio russo incomum contra a localidade de Chortkiv, no oeste ucraniano, que permaneceu relativamente à margem da guerra, deixou 22 feridos, informou neste domingo o governador local Volodmir Trush.

O governador afirmou que os quatro mísseis disparados a partir do mar Negro destruíram parcialmente uma instalação militar e vários edifícios residenciais. Entre os feridos está um jovem de 22 anos.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que o bombardeio contra Chortkiv destruiu um “grande depósito de sistema de mísseis antitanque, sistemas portáteis de defesa antiaérea e obuses fornecidos ao regime de Kiev pelos Estados Unidos e pelos países europeus”. Estados Unidos e UE enviaram armas e recursos para ajudar a Ucrânia a conter o avanço da Rússia e anunciaram sanções sem precedentes contra Moscou.

Ao mesmo tempo, no leste, a situação da cidade estratégica de Severodonetsk é “extremamente difícil” depois que as tropas russas destruíram uma segunda ponte e iniciaram um grande bombardeio contra a terceira e última, informou o governador Sergei Gaiday.

O governador destacou que a destruição das pontes pretende isolar a cidade. Severodonetsk e Lysychansk, separadas por um rio, resistem há várias semanas aos ataques e são as últimas posições ucranianas na região de Lugansk.

No plano diplomático, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu no sábado a Kiev que o bloco apresentará até o fim da semana uma sinalização clara sobre a ambição da Ucrânia de ser candidata a integrar a União Europeia.

Von der Leyen destacou que a ex-república soviética “avançou no fortalecimento do Estado de direito, mas ainda precisa implementar reformas para lutar contra a corrupção”. Apesar das reservas de alguns Estados-membros, a candidatura de Kiev pode receber luz verde na próxima reunião de cúpula do bloco, em 23 e 24 de junho.

“O desafio será sair do conselho (da UE) com uma posição unida, que reflita a importância desta decisão histórica”, disse Von der Leyen durante sua viagem de volta à Polônia.

A vulnerabilidade geopolítica da Ucrânia ficou exposta com a invasão iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro, que provocou milhares de mortes e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas, deixando territórios inteiros do país reduzidos a escombros.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou neste sábado que este é um momento “decisivo”. “A Rússia quer destruir a unidade europeia, quer dividir a Europa e enfraquecê-la. Toda a Europa é um alvo da Rússia. A Ucrânia é apenas o primeiro passo”, afirmou.

R7

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